Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
LOBATO, Lílian Gabriela Rodrigues
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Orientador(a): |
VERBICARO, Loiane Prado
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Filosofia
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Departamento: |
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/16401
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Resumo: |
A presente dissertação propõe-se a investigar a crítica à moral neoliberal de responsabilização individual formulada pela filósofa estadunidense Judith Butler a partir do conceito de vulnerabilidade primordial — dimensão de nossa existência atravessada por ambivalências com forte potencial exploratório, mas que fundamenta as condições de possibilidades para nossa sobrevivência física, psíquica e social. Para alcance do referido objetivo, este percurso articula-se em torno de duas principais discussões, a saber: 1) a relação do ideal neoliberal de autossuficiência com a indução política de precariedade e distribuição desigual do luto público e 2) o potencial ético-político do luto público para proteção dos elos de interdependência, enfraquecidos pela moralidade neoliberal. No primeiro momento, evidenciamos como o neoliberalismo é uma racionalidade que modela o Estado, a sociedade e a nossa própria subjetividade em conformidade com o imperativo do mercado, esvaziando o estado de bem-estar social e o sentimento de solidariedade coletiva, aprofundando ainda, a vulnerabilidade de sujeitos historicamente subalternizados através de políticas de precarização que atribuem valoração diferenciada à vida e resultam em uma comoção seletiva diante da morte. Aqui, elucidamos como o luto opera como descritor da inteligibilidade da vida, subvertendo o entendimento comumente difundido de que o valor da vida reside desde o nascimento. No segundo momento, evidenciamos como a experiência da perda nos desperta para a opacidade e despossessão, inerentes à nossa relacionalidade constitutiva, estremecendo a fantasia de um sujeito autônomo e com pleno domínio sobre si. Diante do recrudescimento de agendas neoliberais experimentadas nas democracias ocidentais, pretendemos pensar os limites e possibilidades da proposição de Butler para uma ética da vulnerabilidade com vistas à proteção dos elos de interdependência. Espera-se que esta pesquisa possa fortalecer a construção de narrativas que alarguem a nossa capacidade imaginativa diante do niilismo neoliberal. |