Interações e relações sociais entre pares em classes de inclusão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: VITORINO, Inez da Costa lattes
Orientador(a): GAROTTI, Marilice Fernandes lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento
Departamento: Núcleo de Teoria e Pesquisa do Comportamento
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/10825
Resumo: Este estudo teve como objetivo observar as interações estabelecidas por alunos com necessidades especiais em duas classes de inclusão, descrever a freqüência das interações assim como a qualidade das interações através de seu conteúdo. Esses objetivos estão de acordo com a teoria de Hinde para o estudo do desenvolvimento humano que propõe a descrição e classificação das interações sociais como o primeiro passo estudo científico das relações sociais. Sendo a inclusão uma proposta relativamente nova nas escolas em Belém, percebe-se a necessidade de observar a natureza das interações ocorridas nesse contexto. Oito alunos com necessidades especiais foram observados (déficit cognitivo, déficit múltiplo, autista, síndrome de Down e paralisia cerebral) em duas classes de inclusão que funcionam em escolas públicas estaduais. Foram realizadas observações de três minutos para cada aluno, através da técnica de sujeito focal, quando procurou-se investigar a freqüência das interações neste grupo bem como o conteúdo das mesmas. Os resultados apontam que estes alunos podem estar experimentando o isolamento entre eles, pois registrou-se pouca freqüência de interação entre eles e seus colegas e algumas vezes a interação entre focais apenas. Esse fato expande-se para os alunos regulares que não interagem com muita freqüência. Todos os alunos observados parecem não ter desenvolvido vínculos já que não observou-se constância nas interações. Quanto à qualidade das interações, nota-se que as mesmas são compostas por interações positivas e negativas, a partir das conseqüências observadas em cada situação. Conclui-se que a freqüência de interações é baixa no grupo, há poucas evidências de relações na turma, já que houve apenas 28 registros de reciprocidade nas interações e 6 destas entre alunos com necessidades especiais, o que pode indicar a exclusão dentro de salas inclusivas.