Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
CORDEIRO, Maria Audirene de Souza
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Orientador(a): |
TOSCANO, Maria Eulália Sobral
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Letras
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Departamento: |
Instituto de Letras e Comunicação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/9421
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Resumo: |
Este trabalho apresenta o resultado de um estudo sobre a contribuição da anáfora encapsuladora para a organização da informação em dissertações. Para essa pesquisa foram utilizados 60 textos produzidos por alunos do 3º ano do Ensino Médio do Colégio Dom Amando. A base teórica assenta-se nos estudos de Koch (1997, 2001, 2004, 2005), Val (1999, 2003), Marcuschi (2001, 2002), Ilari (1992, 2001, 2005), Cavalcante (2001, 2003), Souza (2003), Mondada (2003), Apothéloz (2003), Apothéloz e Chanet (2003), Conte (2003) e Francis (2003). A análise dos textos mostra que, apesar de a anáfora encapsuladora ser uma estratégia de referenciação importante para garantir a remissão e a sumarização de porções textuais antecedentes, ela foi usada em apenas 15 das 60 dissertações que compõem o corpus. Nesses textos, identifico o contexto formal em que as anáforas encapsuladoras foram usadas, analiso como elas contribuem para a organização das seqüências argumentativas que compõem a dissertação e mostro como o uso inadequado dessa estratégia pode prejudicar o processo argumentativo. Os resultados comprovam que se trata realmente de uma estratégia fundamental para a organização das seqüências argumentativas, porque, ao sumarizar porções textuais antecedentes, esse tipo particular de anáfora permite ao produtor do texto: a) trabalhar com diferentes argumentos e relacioná-los entre si sem repetir seqüências já mencionadas; b) conduzir a linha argumentativa de tal forma que o leitor seja convencido da validade do juízo de valor defendido no texto e c) sinalizar mudanças na seqüência argumentativa, indicando que o autor do texto está passando de um estágio argumentativo para outro. Além disso, dependendo do nome escolhido para compor a anáfora encapsuladora, pode-se perceber como o produtor avalia e quer que o leitor interprete as seqüências anteriores às quais a anáfora encapsuladora faz remissão. Essas conclusões indicam que é necessário dar mais visibilidade ao funcionamento da anáfora encapsuladora nas aulas de Língua Portuguesa e/ou de Produção de Textos, porque o domínio dessa estratégia permite a construção de seqüências argumentativas lógicas e possibilita que o produtor de textos organize de forma mais produtiva o processo argumentativo em dissertações. |