Simulações de ondas de gravidade na camada limite noturna amazônica e sua influência nas trocas de ozônio e monóxido de carbono.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: MORAES, Eiky Tatsuya Ishikawa de lattes
Orientador(a): COHEN, Júlia Clarinda Paiva lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Museu Paraense Emílio Goeldi
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais
Departamento: Instituto de Geociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/15826
Resumo: O trabalho tem como objetivo principal averiguar a influência da topografia na geração de ondas de gravidade (OGs) e suas consequentes implicações no transporte de gases entre diferentes partes da atmosfera, no período noturno, sobre o sítio experimental ATTO (Amazon Tall Tower Observatory), localizado no município de São Sebastião do Uatumã-AM, na região central da Amazônia. Utilizou-se dados experimentais coletados na torre Instant de 81 m de altura. Para a obtenção dos resultados foram usados a tranformada wavelet de Morlet, imagens do satélite GOES-13 na banda do infra-vermelho, reanálises do ECMWF Era-Interim (European Centre for Medium-Range Weather Forecasts) e simulações numéricas do modelo de mesoescala BRAMS (Brazilian Regional Atmospheric Modeling System) versão 5.3. Através das análises da tranformada wavelet identificou-se a ocorrência de uma OG na noite do dia 12 para 13 de novembro de 2015. As imagens de satélite mostraram que não houve precipitação no dia na noite em questão, anulando a possibilidade da OG ser de origem convectiva. Recorreu-se então às reanálises do ECMWF Era-Interim onde foi identificado também sinais ondulatório na temperatura do ar, componente vertical do vento e gases como CO e O3. Foram então simulados dois experimentos no modelo JULES-CCATT-BRAMS, um com a topografia real da região (SC) e outro removendo-se a topografia (ST). Os resultados das simulações mostraram que a topografia da região intensificava o sinal da OG nas oscilações da: temperatura do ar, da componente vertical do vento, na flutuabilidade do ar. Além disso, notou-se também para a simulação SC a onda transportava O3 e CO de regiões onde haviam fontes de quimadas para o sítio ATTO, fato este não observado de maneira significativa na simulação ST. Por fim, as simulações comprovaram que a topografia teve papel relevante na geração e intensificação da OG e sua ação no transporte de escalares próximo à superfície.