Jogos de linguagem na alfabetização matemática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: SILVA, Carlos Evaldo dos Santos lattes
Orientador(a): SILVEIRA, Marisa Rosâni Abreu da lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemáticas
Departamento: Instituto de Educação Matemática e Científica
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/14863
Resumo: O objetivo desta tese foi compreender o funcionamento da linguagem, a partir do conceito de jogo de linguagem de Wittgenstein, o seu papel na aquisição do conhecimento e sua relevância para o ensino de número na alfabetização. Para isso, realizou-se uma investigação por meio das práticas de ensino de uma professora da alfabetização a respeito do conceito de número. Essa investigação foi baseada em pressupostos teórico-filosóficos apoiados nas reflexões do segundo Wittgenstein, mais precisamente sobre a terapia filosófica do próprio Wittgenstein e da Epistemologia do Uso de Moreno, também de inspiração wittgensteiniana. Assim, discorreu-se sobre o papel da linguagem na constituição do conceito de número e sobre as concepções epistemológicas de número em duas perspectivas, uma piagetiana e outra moreniana, e como elas podem modificar significativamente a prática da professora alfabetizadora. A pesquisa empírica, que forneceu os dados para as análises, foi realizada com uma professora alfabetizadora de uma escola pública municipal de Belém do Pará e consistiu em observações de uma aula sobre a escrita numérica no Sistema de Numeração Decimal Indo-Arábico. A conclusão a que se chegou e que se anuncia nesta tese é que a compreensão do funcionamento da linguagem, a partir do conceito de jogo de linguagem e de que as primeiras relações do sentido linguístico já são atividades epistêmicas, coloca a linguagem no centro do processo educativo e aponta para outras possibilidades, diferentes das hegemonicamente presentes no campo da Educação Matemática, de conceber o ensino da matemática, que podem ter desdobramentos importantes em relação às práticas de ensino do professor que ensina matemática e ao aprendizado dos alunos e das alunas, especialmente na alfabetização.