Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
GOMES, Bruno Alexandre Quadros
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Orientador(a): |
MONTEIRO, Marta Chagas
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Biologia Celular
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Departamento: |
Instituto de Ciências Biológicas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11181
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Resumo: |
A dapsona (DDS), um fármaco utilizado na poliquimioterapia da hanseníase, pode provocar muitas reações adversas e intoxicações, induzindo a geração de espécies reativas de oxigênio (ERO) e desequilíbrio no estado redox, levando a um aumento na formação de metemoglobina (MetHb), hemólise e liberação de heme e ferro livre, o qual pode interferir na homeostase redox em tecidos mais vulneráveis, como o córtex pré frontal (PFC), causando neurotoxicidade e até neuroinflamação. Nesse sentido, compostos antioxidantes com propriedades quelantes, como o ácido α-lipóico (ALA) podem ter papel fundamental no combate ou prevenção dessas alterações. Assim, este trabalho tem o objetivo de avaliar o efeito da DDS sobre a formação de MetHb, estresse oxidativo periférico e alterações oxidativas e neuroinflamatórias no PFC, bem como os efeitos do ALA. Para isso, foi induzida a formação de MetHb em camundongos Swiss com DDS 40mg/kg ip durante 5 dias. Duas horas após a administração de DDS, foi administrado ALA em duas concentrações (12,5 e 25 mg/kg). Além do percentual de MetHb, foram avaliadas a capacidade antioxidante (TEAC), concentração de glutationa reduzida (GSH), superóxido dismutase (SOD), Catalase (CAT) substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) e concentrações de ferro, no sangue e no PFC, bem como as concentrações de IL-1β, IL-17 e IL-4 e, expressão de F4/80+, GFAP, e BDNF no PFC. Nossos resultados mostraram que DDS induz a formação de MetHb nos eritrócitos dos camundongos, no entanto, ALA foi capaz de prevenir ou reverter a oxidação da hemoglobina induzida pela DDS nas duas concentrações utilizadas. DDS reduziu a capacidade antioxidante (TEAC) no plasma e nos eritrócitos; diminuiu as concentrações de GSH, CAT e SOD nos eritrócitos; e aumentou de TBARS e ferro plasmático; no entanto, ALA nas duas concentrações aumentou ou reestabeleceu TEAC no plasma e nos eritrócitos aos níveis basais. Além de aumentar ou reestabelecer os níveis intraeritrocitários de GSH, SOD e CAT; e reduziu os níveis de TBARS e ferro, especialmente nos animais eutanasiados 4h após os tratamentos. O tratamento com DDS 40mg/kg também reduziu TEAC, GSH, CAT e SOD no PFC dos camundongos e aumentou TBARS e ferro, caracterizando estresse oxidativo, especialmente nos animais eutanasiados 24h após os tratamentos. O tratamento com ALA aumentou ou restabeleceu TEAC e GSH, aumentou SOD e CAT na concentração de 12,5mg/kg nos grupos com eutanásia em 4h, bem como, reduzir os níveis de TBARS e de diminuir ou prevenir a sobrecarga de ferro, especialmente nos grupos eutanasiados em 24h. DDS também promoveu ativação microglial e astrocitária no PFC, a partir da expressão de F4/80+ e GFAP, respectivamente, com produção de IL-1β e IL-4, e redução de BDNF, no entanto, ALA 25mg/kg reduziu a expressão de GFAP e IL-1β, além do aumento de BDNF, sugerindo que DDS também pode causar neuroinflamação e que ALA apresenta atividades anti-inflamatórias e antioxidantes benéficas contra a toxicidade induzida por DDS. Esses resultados sugerem que o ALA é promissor e tem um importante papel na prevenção e/ou formação de MetHb, no restabeleceimento do equilíbrio redox e das concentrações de ferro, tanto no sangue como no PFC. Assim, ALA pode ser uma alternativa terapêutica viável na toxicidade induzida por DDS, com menor toxicidade e aumentando a adesão ao tratamento de pacientes com hanseniase. |