Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
PIRATOBA, Diana Nathaly Monroy
 |
Orientador(a): |
RAVENA, Nírvia
 |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido
|
Departamento: |
Núcleo de Altos Estudos Amazônicos
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/7825
|
Resumo: |
A construção e operação da Usina Hidrelétrica de Tucuruí ocasionaram mudanças paisagísticas negativas acentuadas com a posterior reocupação das ilhas e do entorno do lago. A crescente redução da vegetação florestal, a perda da biodiversidade, o aumento de conflitos socioculturais, a fragmentação paisagística e outros impactos refletidos na área do empreendimento são sinais de que os ecossistemas e a população humana ainda não estão em equilíbrio. Com a criação das unidades de conservação no ano 2002, esperava-se que os problemas ambientais fossem mitigados em intensidade e magnitude. Não obstante, o padrão da crise socioambiental permaneceu. Diante deste cenário, o estudo procurou compreender se: a) Tem-se apresentado mudanças no uso e manejo dos recursos naturais desde a reocupação das ilhas e o entorno do Lago, no setor da RDA Alcobaça? b) O uso e manejo dos recursos naturais por parte dos moradores locais influem nas transformações paisagísticas da área? E por fim, se c) A etnobotânica nas comunidades locais apresenta potencial para o manejo e controle da degradação nos ecossistemas? A seleção da Reserva de Desenvolvimento Sustentável- RDS Alcobaça como área de estudo respondeu a duas condições: apresentar a paisagem mais fragmentada e possuir a maior concentração populacional em relação às outras unidades de conservação. O pressuposto metodológico abarcou técnicas próprias do Diagnóstico Rural Participativo – DRP complementadas com técnicas não participativas de interpretação de coberturas vegetais. A memória oral dos pescadores comprova que as mudanças paisagísticas estão associadas às mudanças de uso e manejo dos recursos naturais, impulsionando o desenvolvimento de práticas predatórias como resposta à escassez atual. Embora as comunidades manifestem conhecimento dos prejuízos causados sobre os ecossistemas, as incertezas fundiárias e os conflitos com as instituições gestoras da área são frequentemente a justificativa ou motivação do manejo paisagístico inapropriado. Não obstante, o conhecimento local sobre os recursos vegetais, embora não soluciona a crise socioambiental evidenciada na área, é uma ferramenta potencial para o manejo de áreas degradadas. A biodiversidade conhecida localmente, não como longas listas de espécies, se não como aquela construída e apropriada material e simbolicamente pelas comunidades, materializa-se nos quintais domésticos, sistemas agroflorestais incipientes, mas não inapropriados para o controle da degradação ambiental. |