A dimensão fenomenológica da linguagem como possibilitadora do ser-aí historial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: SOUSA, Fabrício Coelho de lattes
Orientador(a): SOUZA JÚNIOR, Nelson José de lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Departamento: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/9534
Resumo: A questão da linguagem nos anos de 1932 a 1934 emerge como uma questão urgente de fundação e, porque não dizer, de redirecionamento do pensamento de Heidegger. O filósofo sente a necessidade de fundamentar sua fenomenologia com um novo viés metodológico que permita uma visualização do contexto e asseguramento das bases em que o ser-aí se encontra, a saber, em um contexto de já sendo um-com-outro. Este contexto de já ser-um-com-outro em nenhum momento terá importância secundária em relação à linguagem, mas terá que ser desdobrado em seus pormenores para a assunção da própria linguagem enquanto força motriz do pensamento heideggeriano nesses anos. Para tanto, Heidegger, na preleção de verão de 1934 intitulada “Lógica como o Questionamento da Essência da Linguagem, inicia fazendo uma análise do que seja a essência da linguagem e chega a conclusão de que não alcançaremos esta essência se compreendermos linguagem somente enquanto uma exposição do modus operandi do pensamento : lógica. A essência da linguagem brota da essência do ser do ser humano enquanto ser histórico.Linguagem surge como medida dos limites mais internos da constituição do ser-aí enquanto ser-um-com-outro,ou para ser ainda mais condizente com as pretensões de Heidegger,os limites mais internos do ser-aí historial constituído enquanto Volk. Nesse contexto, linguagem é mais que um mero instrumento á disposição do homem. Pelo contrário, linguagem é aquilo que primeiro dispõe o ser do homem no mundo, abrindo-lhe a possibilidade de estar em meio aos entes, dando-lhe compreensibilidade das relações em que está inserido. Devemos entender linguagem não enquanto um dispositivo lógico-gramátical de articulação de palavras ,mas sim no sentido fenomenológico enquanto um organizador primário que possibilita sentido as relações entre os entes e seres-aí.