Tradução e adaptação transcultural da Pittsburgh Fatigability Scale para o português brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: SANTANA, Larissa Lopes lattes
Orientador(a): TORRES, Natáli Valim Oliver Bento lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano
Departamento: Instituto de Ciências da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/16788
Resumo: Introdução: A fadiga é um sintoma associado ao enfraquecimento ou esgotamento dos recursos físicos e/ou mentais de um indivíduo. O termo fatigabilidade compreende a percepção subjetiva de fadiga do indivíduo frente a atividades de intensidade e duração específicas. A escala Pittsburg Fatigability Scale (PFS), originalmente publicada no idioma inglês, é a única escala validada para mensurar a fatigabilidade percebida em pessoas idosas. Considerando a importância da avaliação específica na população idosa para a prevenção de afecções e direcionamento no cuidado e reabilitação, faz-se necessária a sua tradução e adaptação transcultural às especificidades do contexto brasileiro. Objetivo: Traduzir e adaptar transculturalmente a Pittsburgh Fatigability Scale para o portugues brasileiro para avaliação da fatigabilidade na população idosa brasileira. Metodologia: Realizamos a tradução e adaptação transcultural para gerar a versão PFS em português brasileiro (PFS-Brasil), seguindo as etapas: tradução da língua de origem (inglês), comparação e síntese das versões traduzidas, retrotradução cega, comparação das retrotraduções e avaliação da clareza do instrumento pelo comitê de especialistas. Pessoas com idade igual ou superior a 60 anos que atenderam aos critérios de inclusão e exclusão foram convidadas a participar voluntariamente do estudo após assinatura do TCLE. Cada participante informou dados demográficos, respondeu a PFS-Brasil e informou sua compreensão de cada item da escala, dificuldade em responder e sugestões sobre o instrumento. Todas as avaliações foram realizadas em ambientes de controle de ruído, temperatura e iluminação para garantir condições de privacidade e conforto para a realização adequada dos testes. O software R foi utilizado para realizar análise das evidências de validade de construto e precisão do instrumento a partir da Análise Fatorial Confirmatória (AFC), α de Cronbach, ω de McDonald e confiabilidade composta. Resultados: Foi desenvolvida a versão brasileira da PFS (PFS-Brasil). O teste piloto referente a última fase da adaptação transcultural foi realizado com 103 participantes, predominantemente do sexo feminino (81,5%), casados (41,7%), pardos (60,1%), que não tiveram COVID-19 (50,4%) e que realizam algum tipo de atividade física (64%). As análises fatoriais confirmatórias realizadas apontam a adequação de modelos bifatoriais para ambas as subescalas (x²: 48,53 para a subescala física e x²: 35,05 para a mental), com excelente e satisfatória consistência interna nos fatores 1 (⍺: 0,9) e 2 (⍺: 0,76) da subescala de Fatigabilidade Mental, respectivamente. Já para a subescala de Fatigabilidade Física apresentou resultados muito bons para o fator 1 (⍺: 0,8) e satisfatório para o fator 2 (⍺: 0,6). Conclusão: O presente estudo demonstrou que a versão brasileira da Pittsburgh Fatigability Scale apresenta adequada validade de construto para avaliação da fatigabilidade percebida em idosos, tanto em suas subescalas física quanto mental.