Qualidade das águas subterrâneas rasas do aquífero Barreiras: estudo de caso em Benevides - PA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: FREDDO FILHO, Valmor José lattes
Orientador(a): ARAÚJO, Paulo Pontes lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Recursos Hídricos
Departamento: Instituto de Geociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/10585
Resumo: O objetivo desta pesquisa foi estudar a qualidade das águas subterrâneas do aquífero livre Barreiras, por meio de caracterização hidroquímica e classificação do tipo químico das águas subterrâneas freáticas, hipoteticamente poluídas por atividades antrópicas, na sede municipal de Benevides - PA. As águas subterrâneas do município de Benevides se apresentam como recurso natural importante tanto para o abastecimento doméstico, como para uso industrial e comercial. O material e métodos utilizados para o desenvolvimento deste trabalho consistiu em: levantamento bibliográfico sobre a geologia local e regional da Bacia Sedimentar Amazônica e aquíferos regionais; organização e consistência dos dados disponíveis no projeto SIAGAS (Sistema de Informações de Águas Subterrâneas); tratamento e análise das informações de poços já existentes (definição de padrões litológicos e hidrogeológicos); cadastramento de 43 novos poços, dos quais 30 poços foram utilizados como poços de monitoramento; monitoramento do nível estático, coleta e análise físico-química sistemática das águas subterrâneas rasas, durante os meses de março, junho, agosto, outubro e dezembro de 2017. As técnicas analíticas adotadas consistem em medições físicoquímicas in situ, com o uso de sonda multiparâmetro e análises laboratoriais físico-químicas (pH, temperatura, condutividade elétrica, OD, sólidos totais dissolvidos, turbidez, fluoreto, ferro total, manganês, alumínio, bário, chumbo, cobre, cobalto, cromo, cádmio, níquel, zinco, NaCl, Ca+2, Na+, K+, Mg+2, Cl-, SO4 -2, CO-3, HCO-3, NH4 + e NO3 -), que foram realizadas no Instituto Evandro Chagas. Para a caracterização hidroquímica das águas, foram elaborados mapas de isoteores dos elementos e gráficos de variações sazonais, além da análise do diagrama de Piper para classificação das águas subterrâneas. Para a avaliação da água para consumo humano foi utilizada a Portaria n° 2914/2011, do Ministério da Saúde. O pH variou de 4,33 a 5,84 durante o período chuvoso e 4,48 a 5,96 no período menos chuvoso. A variação de nível estático foi de 0,8 a 20,4 metros no período chuvoso e 1,7 a 25,34 no período menos chuvoso. O alumínio e o chumbo apresentaram valores máximos de 0,515 mg/L e 0,02 mg/L, respectivamente. A condutividade elétrica atingiu seu valor máximo de 195,8 μS/cm, acompanhando a elevação dos valores de sódio e cloreto. Os valores de amônio foram mais expressivos durante o período chuvoso, com valor médio de 0,175 mg/L. O maior índice de concentração de ferro total foi de 1,28 mg/L. Os teores de nitrato encontrados nas amostras alcançaram índices superiores ao permitido pela legislação em metade das amostras analisadas. A caracterização hidroquímica evidencia um caráter de natureza cloretada sódica. As elevadas concentrações de nitrato estão relacionadas a atividades antrópicas originadas pela ausência de saneamento básico local e caracterizada pela descarga de esgoto doméstico e utilização de fossas negras, próximas à maioria dos poços.