Os sentidos da pluralidade de atividades no ensino de biologia: uma pesquisa-ação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: CUNHA, André Luiz Rodrigues dos Santos lattes
Orientador(a): ALMEIDA, Ana Cristina Pimentel Carneiro de lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemáticas
Departamento: Instituto de Educação Matemática e Científica
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/8535
Resumo: O ensino de Ciências Biológicas continua priorizando a exposição oral como estratégia em sala de aula, mesmo tendo os professores a consciência de que, em educação, os alunos não podem ser vistos de forma homogênea. Diferentemente de um ensino com aulas predominantemente expositivas, questionei: a variabilidade de estratégias de ensino proporciona uma maior motivação e participação dos alunos para o estudo e aprendizado de Biologia? Para refletir sobre tal problemática, busquei compreender como a motivação dos alunos foi afetada pela diversificação de atividades de ensino de Biologia. A opção metodológica foi pela abordagem qualitativa por meio de uma pesquisa-ação. O lócus da pesquisa foi a Escola de Aplicação da Universidade Federal do Pará, em Belém, devido à sua proposta de diversificação e experimentação de atividades educativas. Os sujeitos da pesquisa foram seis discentes concluintes do ensino médio. A pesquisa foi realizada em vinte e um (21) encontros semanais, no contra turno das aulas regulares, no período de abril a dezembro de 2012. Diversos assuntos da Biologia propostos por mim, enquanto professor-pesquisador e/ou solicitados pelos alunos foram trabalhados utilizando variadas estratégias como: atividades lúdicas, filmes, música, texto, livro didático, atividades de campo, quadrinhos e exposição oral. Houve o diálogo com autores que tratam sobre essas estratégias como também, com a teoria da subjetividade de González Rey para entender os sentidos subjetivos dos alunos participantes. Nesse estudo, procurei evidenciar as percepções dos alunos, e como cada atividade educativa realizada influenciou a produção de sentidos nos diferentes sujeitos envolvidos. Destaco que a motivação foi alcançada não pela simples variação de atividades, mas pela sintonia estabelecida entre os alunos e o professor a partir das diversificadas estratégias trabalhadas. Compreendeu-se com esse estudo que a motivação não é algo universalmente alcançado, mas sim um conceito multidimensional, ou seja, composto de várias dimensões e que no caso da subjetividade dos sujeitos envolvidos está associada aos sentidos que emergem da experiência vivenciada por eles no transcorrer das atividades. A motivação não é inata, mas sim uma coconstrução dos sujeitos envolvidos nesse cenário e que as metas e os objetivos de professores e alunos necessitam estar sintonizados e apontar para a mesma direção.