Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
COSTA, Bruno Leonardo Simões da Costa
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Orientador(a): |
HENRIQUES, Alda Loureiro
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Comportamento
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Departamento: |
Núcleo de Teoria e Pesquisa do Comportamento
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/13850
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Resumo: |
O envelhecimento populacional é hoje um fenômeno que atinge todas as regiões do planeta, determinando demandas específicas, já que este fenômeno vem acompanhado por déficits metabólicos, vasculares, neurológicos, osteomioarticulares e outros que podem debilitar a autonomia da pessoa idosa. Um dos fatores que podem vir a reduzir a autonomia do idoso, consiste na perturbação da orientação espacial, já que esta relaciona-se, nos humanos, com a capacidade de elaborar rotas familiares, nomear pontos de referência em ambientes previamente conhecidos, aprender novas rotas e interagir com o ambiente utilizando auto informações a fim de se localizar e se deslocar. Os déficits na orientação espacial, apresentam íntima relação com as doenças neurodegenerativas (DNs), que se caracterizam por serem patologias que geram destruição de neurônios de forma progressiva, dentre as principais DNs, destacam-se a Doença de Parkinson (DP) que afeta de 1% a 2% da população mundial, e caracteriza-se por ser um distúrbio progressivo do sistema nervoso central (SNC), em decorrência da degradação dos neurônios dopaminérgicos, especificamente da parte compacta da substância negra. Outra patologia muito incidente é a doença de Alzheimer (DA), entidade patológica que apresenta várias manifestações clínicas, porém nenhuma de caráter patognomônico e que apresenta a perda da memória recente como sendo uma das primeiras características da doença. Nesta perspectiva é de suma importância comparar idosos com e sem DN com relação à orientação espacial, pois só se conhece relatos científicos que mostram que pessoas com DN se orientam mal, mas observar como o fator idade pode interferir nesta característica pode fornecer informações para posteriores intervenções. Assim, esta pesquisa tem como objetivo geral, caracterizar a orientação espacial de idosos que apresentam diagnóstico de desordens neurodegenerativas e idosos que não apresentam nenhum tipo de alteração do SNC. Método: Esta pesquisa foi realizada no ambulatório de Fisioterapia do Centro de Atenção à Saúde do Idoso – Casa do Idoso – com a participação de 53 indivíduos com idade superior a sessenta anos, sendo 21 que apresentam diagnóstico clínico de DN, e 22, na mesma faixa etária, sem diagnóstico de DN e 10 com idade entre 30 e 40 anos. Resultados: observou-se resultados muito semelhantes entre os grupos de idosos (experimental e controle) durante a realização dos cinco testes de orientação espacial, obtendo-se melhores resultados nos testes que exigiam mais o padrão de orientação alôcentrica e piores resultados nos testes que exigiam mais o padrão egocêntrico. Quando comparado com os participantes mais jovens, observou-se, resultados bem díspares, no tocante a número de acertos e erros nos testes em que o padrão egocêntrico foi mais exigido e com relação ao tempo de execução dos testes. Conclusão: Nesta pesquisa foi observado que os idosos, de maneira geral, apresentam um grau moderado de dificuldade de orientação espacial, principalmente quando o padrão de orientação egocêntrico é o mais exigido e que a idade pode ser o principal desencadeador de déficits de orientação espacial. |