Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
SAGICA, Frank de Lima.
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Orientador(a): |
CHADA, Sonia Maria Moraes
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Artes
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Departamento: |
Instituto de Ciências da Arte
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/16476
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Resumo: |
A presente tese propõe investigar como se desenvolveram a produção, a circulação e o consumo da música durante e após o enfrentamento da pandemia ocasionada pelo vírus SARS-CoV-2, tendo como recorte etnográfico o cantor Wanderley Andrade, abordando com olhar interpretativo a sua produção, sua adaptabilidade e suas articulações nas principais plataformas digitais, que foram ferramentas rentáveis para o artista se manter no período de isolamento social imposto como forma de contenção do contágio e proliferação da COVID-19. Proponho focalizar o ponto de inflexão que demarcou as mudanças significativas na acepção mercadológica e posicional nas paragens digitais nos anos de 2020/2021, focalizando o surgimento e a aplicação de editais emergenciais e festivais culturais criados pelo Governo do Estado do Pará, que foram: Lei Aldir Blanc, Te Aquieta em Casa e Minha Banda na Cultura. Para isso, foi realizada entrevista com o artista da música, compositor, pesquisador, produtor musical e diretor do departamento de música da Secretaria de Estado de Cultura do Pará (SECULT) – Allan Carvalho. Todas essas medidas foram essenciais para a sobrevivência de muitos profissionais, contemplando não somente artistas, mas também outros profissionais da música, como roadies, iluminadores, técnicos de som, DJs entre outros. Mediante às transformações promovidas pelo avanço tecnológico, esta tese propôs um novo modelo conceitual-analítico, definido por mim como neopersona cibermórfica, utilizado para um melhor enquadramento teórico sobre o fenômeno do novo perfil identitário que transita nos ciberespaços, que tem a individualidade afetual, o nomadismo virtual e a metamorfose identitária, particularidades estas que dão sustentáculo para a construção de uma mentalidade que se metamorfoseia constantemente, em consequência do avanço tecnológico em constante fluxo, padrão representativo das sociedades contemporâneas. Pode-se inferir que o brega, além de sua concepção fundamentada como um ritmo, também compreende uma série de conflitos, de relações sociais e de poder; de oposições frente às classes dominantes; de adaptações que foram feitas em contrapartida às novas tendências musicais surgidas ao longo da história. Nesse sentido, Wanderley Andrade é o estereótipo perfeito dessa mutação cibermórfica, evidenciada ao longo de toda a sua jornada como um artista brega, seja no ecletismo do seu repertório musical, na sua indumentária peculiar ou na fusão da estética local com a global. Esta proposição intelectual também tem a intenção de lançar um material que possa servir de base bibliográfica para futuras pesquisas que venham a se relacionar com aspectos voltados a uma suposta pós-modernidade cibernética. Foi utilizada como ferramenta metodológica a etnografia virtual, dado a dificuldade na recolha de dados de modo presencial, por consequência das medidas de isolamento do período pandêmico. O uso de novas tecnologias e mídias, as adaptabilidades do mercado da música, bem como a análise das particularidades cotidianas de uma sociedade em transição são temas caros a este estudo, tendo a etnomusicologia como chave elementar para elucidar os entremeios nos quais sojornam confluências e disrupturas, entre os quais: mercado musical, glocalização, tribalismo, tradição e tecnologia, temas estes que podem, consequentemente, trazer contribuições não apenas para o campo teórico como também para o âmbito cultural. |