Ajustes posturais antecipatórios e compensatórios em idosos com e sem lombalgia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: GARCEZ, Daniela Rosa lattes
Orientador(a): YAMADA, Elizabeth Sumi lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Biologia Celular
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/15044
Resumo: A dor lombar crônica (DLC) está associada a alterações no controle postural e é altamente prevalente em idosos. Pesquisas apontam que o envelhecimento e a DLC são descritos como fatores importantes que afetam o controle postural. O prejuízo no controle postural é um importante fator no risco de quedas. Pesquisas que avaliam o controle postural em idosos com DLC ainda são necessárias para maior efetividade nos programas de reabilitação do equilíbrio, visando maior controle postural e prevenção de quedas nesta população.O objetivo deste estudo é verificar a influencia da DLC nos ajustes posturais antecipatórios (APAs) e compensatórios (CPAs), em idosos, durante um paradigma de perturbação auto-iniciado induzido por um movimento rápido do membro superior ao apontar um alvo. Idosos foram divididos em: Grupo com DLC (GDLC) (n=15) e Grupo Controle (GC) (n=15). A latência dos músculos dos membros inferiores e os deslocamentos do centro de pressão (COP) foram avaliados antes da perturbação até o fim do movimento. O momento T0 (início do movimento) foi definido como a latência do deltóide anterior (DEL) e todos os parâmetros foram calculados em relação a este T0. O reto femoral (RT), semitendinoso (ST) e sóleo (SOL) demonstraram latência atrasada no GDLC comparado com o GC: RF (controle: -0,094 ± 0,017 s; GDLC: -0,026 ± 0,012 s, t = 12, p < 0,0001); ST (controle: -0,093 ± 0,013 s; GDLC: -0,018 ± 0,019 s, t = 12, p < 0,0001); e SOL (controle: -0,086± 0,018 s; GDLC: -0,029 ± 0,015 s, t = 8,98, p < 0,0001). Adicionalmente, o deslocamento do COP esteve atrasado no GDLC (controle: -0,035 ± 0,021 s; GDLC: -0,015 ± 0,009 s, t = 3; p = 0,003) e apresentou uma amplitude menor durante APAs; COPAPA [controle: 0,444 cm (0,187; 0,648); GDLC: 0,228 cm (0,096; 0,310), U = 53, p = 0,012]. O GDLC apresentou tempo maior para alcançar o deslocamento máximo após a pertubação (controle: 0,211 ± 0,047 s; GDLC 0,296 ± 0,078 s, t = 3,582, p = 0,0013). Isto indica que idosos do GDLC apresentam prejuízos para recuperar seu controle postural e menor eficiência dos ajustes antecipatórios durante a fase antecipatória. Nossos resultados sugerem que idosos do GDLC tem o controle feedforward alterado nos músculos do quadril e tornozelo, como verificado na latência dos músculos SOL, ST e RT. Este estudo é o primeiro no campo do envelhecimento que investiga ajustes posturais na população de idosos com DLC. Avaliações clínicas nesta população devem considerar a estabilidade postural como parte de um programa de reabilitação.