Tempo e memória em o Cacaulista e o coronel sangrado, de Inglês de Sousa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: GONÇALVES, Messias Lisboa lattes
Orientador(a): FERRAZ, Antônio Máximo von Sohsten Gomes lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras
Departamento: Instituto de Letras e Comunicação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11550
Resumo: Inglês de Sousa nasceu na cidade interiorana de Óbidos, localizada no estado do Pará, em 28 de dezembro de 1853, e faleceu no Rio de Janeiro, em 6 de setembro de 1918. O escritor passou a maior parte de sua vida fora da cidade natal, mas foi na região amazônica que se inspirou para compor as suas obras literárias: História de um Pescador (1876), O Cacaulista (1876), O Coronel Sangrado (1877), O Missionário (1891) e Contos Amazônicos (1893). É possível cogitar que a valorização, apenas, da textura documental sócio-político-histórica pela crítica foi responsável por instaurar o obscurecimento do lastro estético dos romances O Cacaulista e O Coronel Sangrado. No entanto, é justamente o lastro estético que os mantém vivos. Sendo assim, esta pesquisa objetiva estudar as questões do tempo e da memória postas em obra por esses romances. Diante disso, é necessário lançar-se no abismo do pensamento e realizar uma crítica literária enquanto escuta poética das questões. Para uma maior compreensão e aprofundamento, esta pesquisa limitou-se à reflexão do personagem protagonista Miguel Faria, que migra de um romance para o outro. Dessa forma, entende-se que esse personagem-questão vive uma experienciação com o tempo, que foge àquele cronometrado pelo relógio ou mesmo àquele pensado pela ciência, e no seu tempo experiencia o tempo humano e poético. Para realizar este intento, dialogou-se especialmente com Henri Bergson (1859-1941), Martin Heidegger (1889-1976), Benedito Nunes (1929-2011) e Manuel Antônio de Castro (1941-) para pensar a escuta poética das questões naqueles romances inglesianos.