Avaliação da seletividade olfatória causada pela infecção por SARS-COV-2

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: ALMEIDA, José Ramon Gama lattes
Orientador(a): BASTOS, Gilmara de Nazareth Tavares lattes, ÁVILA, Paulo Eduardo Santos lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Biologia Celular
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/15433
Resumo: Introdução: A perda súbita do olfato é um dos sintomas mais prevalentes da COVID-19. O olfato vai desde detectar odores de alerta no ambiente até construir nossas experiências mais prazerosas. Esse sentido estimula uma complexa rede neural, incluindo o lobo temporal, a amígdala, a ínsula e grande parte do lobo límbico: a perda do olfato não deve ser considerada apenas um sintoma sensorial, mas também uma síndrome psicossensorial. Objetivos: Este estudo teve como objetivo avaliar a seletividade olfativa e a sensação trigeminal em alterações olfativas relatadas por pacientes diagnosticados com COVID-19. Métodos: Estudo de casocontrole randomizado envolvendo 88 indivíduos: COVID-19 sem disfunção olfativa previamente diagnosticada antes do período de pandemia; com COVID-19 com disfunção olfativa diagnosticada antes do período de pandemia; e sem COVID-19 e perda de sensibilidade olfativa durante o período de pandemia, com anosmia ou hiposmia persistente após infecção por SARS-CoV-2. Todos os indivíduos participantes do estudo (grupos controle/intervenção) diagnosticados com ou sem COVID-19 foram submetidos a ficha de coleta de dados de avaliação e teste sensorial psicofísico que incluiu teste olfativo, teste de memória olfativa, teste de limiar olfativo e teste de sensação trigeminal (CEP-UFPA: 40962420.2 .0000.0018). ANOVA segue o teste de Tukey. Resultados: Os resultados demonstraram que todos os pacientes com ou sem diagnóstico de COVID-19, perdem a capacidade de não identificar o odorante da essência de banana quando comparados ao grupo saudável sendo controle significativo vs. COVID-19 sem p<0,0002 e controle significativo vs. COVID-19 com p<0,0010 e não significativo COVID-19 sem vs. COVID-19 com p>0,05. Para o teste de memória olfativa de curto prazo que todos os pacientes com ou sem diagnóstico de COVID-19, demonstraram um aumento na identificação errônea de odorantes apresentados quando comparados a controles saudáveis, assim como no limiar olfativo foram observadas diferenças na percepção entre os grupos. analisado. A ausência de pelo menos uma função quimiossensorial (sensação de resfriamento) do trigêmeo durante o período de teste foi relatada pela qual todos os pacientes com ou sem diagnóstico de COVID-19, quando comparados ao grupo controle saudável. Conclusão: Desta forma, a infecção por SARS-CoV-2 pode estar promovendo uma disfunção olfativa que afeta a percepção do odor de banana, bem como as características de longo prazo afetadas como memória olfativa, limiar olfativo e sensação trigeminal de perda olfativa que o COVID -19. 19 gera em pacientes pode fornecer pistas para intervenções terapêuticas destinadas a prevenir, aliviar ou curar a disfunção olfativa de longo prazo no COVID-19.