Aspectos lito-estruturais das minas de ferro N4E e manganês do azul, Serra dos Carajás-Pará

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1991
Autor(a) principal: MARÇAL, Mônica dos Santos lattes
Orientador(a): COSTA, João Batista Sena lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica
Departamento: Instituto de Geociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/14913
Resumo: As áreas das minas de ferro (N4E) e de manganês (Azul) da região da Serra dos Carajás foram investigadas com ênfase na geologia estrutural, visando a definição do arranjo geométrico dos diversos corpos de minério e do quadro cinemático, bem como suas relações com a estruturação regional. A mina de ferro (N4E) é subdividida em dois segmentos denominados de Aba Leste e Aba Sul. Os litotipos ocorrentes nessa área são representados por itabitito friável (hematita mole HM, hematita dura HD), metajaspilito, rochas metavulcânicas e canga, sendo que, especificamente na Aba Sul, ocorrem minérios de hematita compacta (hematita semibranda HSB e hematita semi dura HSD). Grande parte das unidades rochosas está distribuída sob a forma de lentes e faixas descontínuas e acunhadas, com orientação geral N-S na Aba Leste e E-W na Aba Sul, desenhando um “J” com concavidade voltada para noroeste. A análise dos elementos estruturais presentes nas rochas de mina de N4E, em consonância com as informações disponíveis para a região da Serra Norte, permitiu a caracterização de três conjuntos de estruturas principais: o conjunto mais antigo compreende a foliação milonítica, as zonas de cisalhamento com caráter de cavalgamento oblíquo, a lineação de estiramento e as dobras associadas; o segundo conjunto se refere às zonas de cisalhamento transcorrentes dúcteis NW-SE, E-W e N-S que cortam e limitam o corpo de N4; o último conjunto corresponde às dobras e crenulações presentes ao longo de todo corpo de minério. Esses conjuntos de estruturas são interpretados no contexto de um único evento deformacional. Os litotipos que compõem a mina de manganês (Azul) são classificados em três tipos: Protominérios, Depósitos Superficiais e Depósitos Subsuperficiais. A lavra está sendo realizada atualmente na parte central da jazida, compreendida entre as linhas LT00 e LT800E, onde foram identificados os minérios relacionados com os depósitos superficiais e subsuperficiais. O primeiro inclui pisolitos (PIS), blocos (BL), plaquetas (PLT) e brechas manganesíferas (BLM), e o segundo abarca pelitos manganesíferos (PM), material manganesífero granulado (MMG) e material manganesífero maciço (MMM). Os vários tipos de minério de manganês apresentam-se ondulados, definindo estruturas sinformais e antiformais orientadas na direção E-W e associadas a cavalgamentos fortemente inclinados para norte. As minas de N4E e do Azul encontram-se na borda norte e na região centro-norte da macroestruturação divergente da Serra dos Carajás, respectivamente. Tal arranjo geométrico regional é interpretado como uma estrutura em flor positiva associada a um binário sinistral E-W. Nesse sentido, as unidades lito-estruturais das duas áreas estudadas devem ser entendidas como frações de uma bacia vulcano-sedimentar transcorrente invertida.