Detecção das mudanças costeiras na margem leste do estuário do Rio Pará: uma análise multitemporal (1987-2019) utilizando sensoriamento remoto.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: GUIMARÃES, Diandra Karina Martins lattes
Orientador(a): ROSÁRIO, Renan Peixoto lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Oceanografia
Departamento: Instituto de Geociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/16497
Resumo: A Zona Costeira e Estuarina Paraense (ZCEP) apresenta uma complexa dinâmica influenciada por forçantes meteorológicas (pluviosidade, ventos, eventos extremos), fluviais (vazão) e marinhas (marés, correntes, ondas). Estas forçantes afetam a linha de costa (LC) das margens dos estuários ocasionando mudanças que dependem do grau de exposição da área e intensidade destas. Com isso, a identificação dos locais que sofrem com os processos de erosão e/ou acreção da LC se torna interessante para observar as mudanças no entorno das ilhas e municípios da margem leste do Estuário do Rio Pará. A área de trabalho situa-se à margem leste do Estuário do Rio Pará, no trecho: ilha de Mosqueiro, Santo Antônio do Tauá, ilha de Colares (às margens do estuário médio), Vigia e São Caetano de Odivelas (às margens do estuário inferior). Para alcançar os resultados foi realizada a aquisição de imagens de satélite LANDSAT (1987; 1993; 1999; 2004; 2008; 2013 e 2019) e foi utilizado o Digital Shoreline Analysis System (DSAS) para identificar e calcular com maior precisão as taxas de variação das mudanças das áreas de erosão e acreção na LC. Foram aplicados os parâmetros NSM, LRR e EPR na margem leste do estuário do rio Pará (117 km) no período de 32 anos de análise, com a geração de um total de 1130 transectos. No estuário médio a tendência à erosão foi maior, predominando na Ilha de Mosqueiro com taxa média de erosão de -38m e taxa média de acreção de 22,97m, relacionados às taxas médias de variação de -0,58m/ano (EPR) e -0,54m/ano (LRR) e em Santo Antônio do Tauá com parâmetros LRR e EPR identificandotaxas médias de variação de -1,67m/ano (LRR) e -1,55m/ano (EPR). Apenas na ilha de Colares houve tendência a acreção com taxa média de erosão de -96,29m (máxima de 396,87m) e taxa média de acreção de 116,49m (máxima de 405,61m). Enquanto, no estuário inferior houve maior tendência a acreção, onde em Vigia ocorreu taxa média de variação de 1,26m/ano e taxa máxima de acreção de 10,06m/ano no EPR, e taxa média de variação de 0,64m/ano e taxa máxima de acreção de 7,22 no LRR. Em São Caetano de Odivelas a taxa média de variação no parâmetro EPR foi de 0,40m/ano e no parâmetro LRR foi de 0,25m/ano e no NSM de 13,09m. Comparando as margens do Estuário, a margem leste está sob influência de uma baixa hidrodinâmica, enquanto a margem oeste está sobre uma alta hidrodinâmica onde predomina a erosão, demonstrando que no mesmo estuário os processos ocorrem de maneira distinta, onde as áreas de alta erosão estão relacionadas à morfologia do local e localização da área estando mais expostas as forçantes.