Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
SERRA, Débora Rodrigues de Oliveira
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Orientador(a): |
TAVARES, Maria Goretti da Costa
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Geografia
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Departamento: |
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/15415
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Resumo: |
O Círio de Nazaré em Belém-PA tem atraído fluxos de visitantes desde suas origens, mas, a partir de meados do século XX, com o avanço do capitalismo, Igreja, agentes da oferta mercadológica e poder público passaram a organizar e intensificar ações para a ampliação da sua atratividade turística, bem como a atuar em sua patrimonialização. Tais processos se destacam na produção do espaço dessa festividade e podem ser analisados a partir da tríade dialética lefebvriana dos espaços percebido, concebido e vivido, onde a hegemonia de alguns agentes, que compõem o que Gramsci compreende como Estado integral, se revela em ações que mesclam consenso e coerção. Assim, a presente pesquisa analisa a produção do espaço do Círio de Nazaré pelos processos de sua turistificação e patrimonialização, investigando os agentes neles envolvidos, as estratégias de controle coercitivo e consensual utilizadas na concepção do espaço e seus efeitos nos espaços percebido e vivido dessa festividade, bem como as contradições, apontando, a partir de ações subversivas à lógica de mercado, a viabilidade da restituição da Festa. Para tanto, utiliza-se como principais procedimentos metodológicos o levantamento e a pesquisa bibliográfica e documental, a observação em campo e a realização de entrevistas semiestruturadas. A pesquisa demonstra que os agentes hegemônicos da turistificação e da patrimonialização do Círio de Nazaré têm buscado ampliar seu domínio sobre o espaço dessa festividade, a partir da lógica do capital, mascarando contradições que, quando identificadas pelos agentes subalternizados, potencializam ações que podem contribuir para a construção de uma nova hegemonia. |