Persistência de anticorpos neutralizantes contra o vírus rábico após quatro anos de vacinação em regimes de pré e pós-exposição e doses de reforço, em população de área rural exposta a agressão por morcegos hematófagos no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: SOUZA, Rhomero Salvyo Assef lattes
Orientador(a): SOUSA, Rita Catarina Medeiros lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Doenças Tropicais
Departamento: Núcleo de Medicina Tropical
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/9136
Resumo: A raiva é uma zoonose cosmopolita caracterizada como uma encefalite viral aguda, progressiva que mata cerca de 55.000 pessoas anualmente no mundo. O Vírus da Raiva é transmitido por animais domésticos, rurais e silvestres, e atualmente, na Amazônia brasileira tem se observado com frequência surtos de raiva humana transmitida por morcegos. A forma de tratamento mais bem sucedida após possível exposição ao Vírus da Raiva é a imunoprofilaxia. O presente estudo apresenta-se como uma coorte prospectiva da manutenção de anticorpos neutralizantes antivírus rábico em 508 indivíduos previamente vacinados em uma população do Município de Augusto Corrêa- Pará- Brasil, no período de 2007 a 2009. Para tal, foram colhidas amostras de soro para dosagem de anticorpos neutralizantes pela técnica RFFIT. Na amostra estudada o gênero predominantemente foi o masculino; a mediana da idade foi 16 anos com desvio interquartílico entre 8 e 30 anos, e houve maior concentração nas faixas etárias de 2 a 9 anos e 10 a 19 anos e a maioria dos indivíduos realizaram esquema vacinal de exposição completo. A produção de anticorpos neutralizantes contra o vírus rábico, em níveis protetores (> 0,05 UI/mL) ocorreu em 87,3% dos indivíduos no primeiro ano do estudo e a manutenção dos títulos de soroproteção foi de 85,6% no segundo ano e de 93,2% no ano seguinte. O estudo demonstrou melhor perfil imune no gênero feminino em relação ao gênero masculino; nas faixas etárias de 30 a 39 anos e 50 a 59 anos; e no grupo de 32 indivíduos que receberam dose de reforço, conforme indicação pelos títulos de anticorpos. Nesse estudo a população investigada demonstrou bons níveis de anticorpos neutralizantes (> 0,5UI/mL) contra o Vírus da Raiva após os 4 anos de vacinação.