Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
FERREIRA, Sandra Regina Monteiro
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Orientador(a): |
SANTANA, Mary Elizabeth de
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Saúde, Ambiente e Sociedade na Amazônia
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Departamento: |
Instituto de Ciências da Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/12366
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Resumo: |
As crianças podem adquirir estomas urinários ou gastrointestinais por diversas causas, logo após o nascimento ou em qualquer momento de sua vida. As causas mais frequentes são as anomalias congênitas e traumas ocorridos durante o desenvolvimento e, em sua maioria, são temporários. Estima-se que um em cada 33 bebês nasce com problemas congênitos no mundo. Objetivo: Conhecer os desafios enfrentados pelas mães para o cuidado com o filho estomizado. Método: Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa tendo por suporte teórico a ação comunicativa de Habermas. O cenário do estudo foi o Serviço de Atenção à Pessoa com Estomia, situado na Unidade de Referência Especializada Presidente Vargas em Belém do Pará. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas semiestruturadas com mães de crianças estomizadas devidamente cadastradas no Serviço. A análise dos dados foi realizada utilizando-se a técnica de conteúdo de Bardin. Resultados: Foram entrevistas 12 mães, sendo que duas residem no município de Belém e as demais do interior do Estado. A faixa etária das crianças foi entre 8 meses a 8 anos, sendo a doença congênita o principal diagnóstico para a confecção da estomia e o tipo de estomia mais incidente foi a colostomia, em relação ao sexo seis crianças eram do sexo masculino e seis do feminino, tempo de estomia variou entre um mês de vida a dois anos. A faixa etária das genitoras variou entre 18 e 46 anos, quanto ao grau de escolaridade, duas possuíam ensino médio completo, uma ensino médio incompleto, cinco ensino fundamental completo e quatro ensino fundamental incompleto. Discussão: Os resultados do estudo indicaram que as mães não são orientadas adequadamente quanto aos cuidados com a estomia de seus filhos, revelando o medo e a angústia como os maiores desafios para desempenhar a troca e o manuseio dos equipamentos. coletores. A criança estomizada necessita de cuidados especializados por parte da equipe multiprofissional e principalmente do enfermeiro que é o profissional responsável pela educação em saúde, cabendo a orientação quanto aos cuidados e ensino aos pais quanto a troca do equipamento e os cuidados necessários com a pele periestomal da criança, preparando-os para o momento do retorno ao lar com a mínima condição de cuidar de seu filho. Considerações Finais: As mães vivenciam as falhas na prestação de cuidados aos filhos com estomias e revelam o medo como principal desafio na prestação de cuidados. Constatou-se como inadequada as ações educativas prestadas pelos enfermeiros as mães quando se trata de orientar os cuidados à criança estomizada, ocasionando o despreparo das mães e contribuindo para a inabilidade em realizar a assistência esperada no domicílio. Espera-se que a construção de um material educativo voltado para os cuidados à criança estomizada possa contribuir tanto com as mães quanto com os profissionais de enfermagem a fim de proporcionar uma assistência com vistas a qualidade de vida e com a reabilitação da criança portadora de estomia. |