Compósitos cimentícios reforçados com fibras de curauá (Ananas erectifolius) impregnadas com sílica ativa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: PINTO, Renata Godinho lattes
Orientador(a): PICANÇO, Marcelo de Souza lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil
Departamento: Instituto de Tecnologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11192
Resumo: As fibras vegetais são uma alternativa para o reforço de argamassas cimentícias, uma vez que, diferentemente das fibras industrializadas, são renováveis, biodegradáveis e de baixo custo. A grande limitação desses compósitos diz respeito a baixa durabilidade das fibras inseridas na matriz cimentícia. Por isso, a presente pesquisa teve como objetivo analisar as propriedades de argamassas reforçadas com fibras de curauá previamente impregnadas com sílica ativa. O traço dos compósitos foi determinado por meio de um estudo piloto, foi utilizado o traço 1:3:0,61 e adição de 2% de fibras com 25 mm de comprimento. Foram moldadas seis famílias, empregando o cimento CP-IV e o CP-II E. Foi verificada as propriedades dos compósitos aos 28 dias e após o envelhecimento natural aos 180 e 270 dias. As características das fibras de curauá utilizadas foram: massa específica de 1,33 g/cm³, resistência à tração de 422,89 MPa e módulo de elasticidade de 28,83 GPa. Para os compósitos, quando avaliada a resistência à compressão, o tratamento prévio das fibras propiciou melhor resultado do que aquele obtido para as argamassas com fibras in natura. Para a resistência à tração, a inclusão das fibras de curauá proporcionou o reforço desejado melhorando essa propriedade em cerca de 45%. O módulo de elasticidade indicou que a adição das fibras reduziu a rigidez do material. Para a flexão, a adição das fibras impregnadas proporcionou um incremento máximo na resistência de 57,95% em relação à referência, porém foi identificado com o envelhecimento natural o decréscimo da resistência para compósitos com fibras in natura. O tratamento proposto foi eficaz em preservar a tenacidade dos compósitos após o envelhecimento natural. Pelos difratogramas das argamassas, verificou-se que a impregnação das fibras foi eficiente em limitar a formação da portlandita na matriz. Isso corrobora com as micrografias das argamassas, onde foi identificado sinais de degradação nos compósitos com fibras in natura, enquanto que as fibras previamente tratadas se mantiveram intactas mesmo após o envelhecimento natural. Dessa forma, pode-se considerar que a impregnação das fibras com sílica ativa melhorou as propriedades mecânicas dos compósitos e aumentou a durabilidade das fibras de curauá.