Radar de abertura sintética aplicado ao mapeamento e reconhecimento de zonas úmidas costeiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: TEIXEIRA, Sheila Gatinho lattes
Outros Autores: https://orcid.org/0000-0002-3334-450X
Orientador(a): SOUZA FILHO, Pedro Walfir Martins e lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica
Departamento: Instituto de Geociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/15339
Resumo: O uso da imagem SAR na identificação de zonas úmidas costeiras, sob diferentes configurações de aquisição e diferentes condições ambientais é um tema de pesquisa na fronteira do conhecimento na área de sensoriamento remoto. Para que seja avaliada as potencialidades do uso de imagens SAR em ambientes costeiros tropicais foi escolhida uma Área de Proteção Ambiental da Baixada Maranhense para ser investigada, dado o estado de preservação da área de estudo, onde observa-se, principalmente os ecossistemas manguezais, campos salinos e campos inundáveis por água doce. Imagens RADARSAT e ALOS PALSAR em diferentes modos de imageamento foram adquiridas em diferentes condições ambientais. Em imagens RADARSAT-1 Wide 1 foi possível a separação entre os manguezais e os campos inundáveis, nas estações seca e chuvosa, principalmente quando as imagens foram adquiridas em condições de precipitação nula, pois havendo umidade no sistema a separação entre estes ambientes tende a diminuir pelo incremento no retroespalhamento. Não foi verificada a influência da condição de maré alta, nos valores de retroespalhamento das imagens RADARSAT-1. A classificação automática contextual baseada na frequência conseguiu separar os manguezais dos campos inundáveis e da água, nas duas estações dos campos inundáveis e da água, nas duas estações do ano. As imagens RADARSAT-1 Wide e Fine, adquiridas durante o período chuvoso, sob altas precipitações, diferentes condições de maré e diferentes ângulos de incidência (20º - 47,8º) foram transformadas pelo método de análise por principal componente que atestou que as mesmas são altamente correlacionadas. A análise do retroespalhamento destas imagens mostrou uma baixa separabilidade para ângulos de incidência menores (20º a 31º), enquanto que nas imagens adquiridas em ângulos maiores (41º a 47º) a separabilidade é um pouco maior, quando analisado os ambientes manguezais e campos inundáveis. Em imagens multipolarizadas RADARSAT-2 e PALSAR-HH, adquiridas na estação seca, em áreas de campos inundáveis, salinos e pastejados foi verificado que o parâmetro de microtopografia HRMS, das áreas de campos, influenciou cerca de 49% os valores de σ0, da imagem PALSAR-HH. Para as imagens RADARSAT-2, nas polarizações HV e VH, esta influência foi baixa, cerca de 24% e 26%, respectivamente. Nas polarizações paralelas a microtopografia não exerceu influência nas variações de sigma zero. Portanto, imagens SAR podem ser consideradas uma excelente fonte de dado para o reconhecimento e monitoramento de zonas úmidas costeiras tropicais.