A objetividade do conhecimento e a deposição do sujeito na epistemologia de Popper

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: RABELO, Wallace Andrew Lopes lattes
Orientador(a): DIAS, Elizabeth de Assis lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Departamento: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/10562
Resumo: O objetivo do presente trabalho consiste em investigar como é possível o conhecimento objetivo para Popper e esclarecer o porquê do sujeito não possuir um papel relevante no processo do conhecimento. A concepção popperiana se afasta da tradição epistemológica, que valoriza o sujeito no processo de conhecimento, entendida pelo filósofo como subjetivista, face a sua objetivista. Nesse sentido, pretendemos mostrar que sua concepção de conhecimento objetivo está alicerçada em uma teoria dos três mundos, a qual se mostra fundamental para a compreensão da mesma, pois é justamente no mundo três que estão os produtos do sujeito, ou seja, o conhecimento objetivo. Iremos mostrar que este mundo três é linguístico, destacando a importância da linguagem para que o conhecimento se objetive. Um outro aspecto que pretendemos analisar diz respeito a objetividade científica, uma vez que Popper, além do conhecimento objetivo de um modo geral, trata em suas obras de um uma dimensão mais específica referente à ciência. Pretendemos esclarecer as condições lógico-empíricas e, também, sociais que possibilitam o debate e a crítica às teorias produzidas e, consequentemente, a objetividade científica. Por fim, iremos apresentar as críticas de Thomas Kuhn à concepção de objetividade popperiana. Como o filósofo não faz uma crítica direta à forma como Popper concebe a mesma, destacaremos suas objeções ao falsificacionismo de Popper e, também, suas considerações acerca de fatores subjetivos que influenciam o processo de escolhas de teorias, comprometendo assim a objetividade científica.