Caracterização dos sistemas de produção na bovinocultura leiteira nas mesorregiões sudeste e nordeste paraense
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Universidade Federal Rural da Amazônia |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal
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Departamento: |
Campus Universitário de Castanhal
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/8476 |
Resumo: | A pecuária leiteira assume grande importância na economia regional, do ponto de vista de ocupação e geração de renda, sobretudo para agricultura familiar. Conhecer a realidade desses sistemas torna-se fundamental para que se possam gerar subsídios específicos para maior desenvolvimento da atividade. Nesse contexto os estudos sobre os diferentes sistemas de produção despontam como uma ferramenta relevante. O objetivo deste trabalho foi caracterizar os sistemas de produção de leite nas mesorregiões do sudeste e nordeste paraense através da utilização de técnicas de análise multivariada. A pesquisa foi realizada através da aplicação de questionários a 112 propriedades localizadas nos municípios de Ulianópolis-PA e Irituia-PA. Os dados obtidos foram tabulados no Microsoft Excel e processados no software SPSS 18.0. Através da análise de frequência observou-se que a área total das propriedades variou de 7 a 1600 ha. Os proprietários foram classificados de acordo com a quantidade de vacas existentes nas propriedades e constatou-se que 5,35% dos produtores possuíam menos de 10 vacas e 23,21% mantinham em seus estabelecimentos mais de 50 vacas. Com relação à produtividade do rebanho observou-se uma média geral de 4,34 (L vaca-1 dia-1). A alimentação do rebanho é baseada em pastagens cultivadas, sendo o braquiarão a mais utilizada. Apenas 19,60% das propriedades realizam suplementação com concentrado e 13,39% com volumoso. O manejo reprodutivo é realizado em 86,6% através de monta natural sem nenhum controle, o que resulta em animais pouco especializados para produção leiteira. O manejo da ordenha apresenta-se deficiente quanto às condições higiênica-sanitária, resultando num produto de baixa qualidade. As práticas de gestão apresentam pouca expressão entre os produtores. Com relação à tipologia estabelecida através da análise fatorial, revelou-se quatro fatores que explicaram 66,99% das variáveis originais, sendo que a análise de cluster identificou 4 grupos de produtores com perfis similares. O grupo III correspondeu ao grupo de produtores que apresentou maior adoção de tecnologia, como suplementação alimentar, manejo sanitário, tecnologia da ordenha e gestão da atividade, possuindo consequentemente melhor desempenho com média de produtividade de 5,04 (L vaca-1 dia-1). Os grupos I e II caracterizam-se por sistemas de produção familiares, com baixo nível de especialização e baixa produtividade e o grupo IV consiste em produtores familiares que apresentaram uma produção incipiente com participação da agricultura, possuindo os menores rendimentos produtivos e econômicos. |