Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
CARVALHO, Luiza Moreno
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Orientador(a): |
MAGNO E SILVA, Walkyria Alydia Grahl Passos
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Letras
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Departamento: |
Instituto de Letras e Comunicação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/14977
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Resumo: |
Os estudos no âmbito do ensino e aprendizagem de línguas apontam a motivação como um fator importante para o sucesso na aprendizagem, pois se constitui a força que impulsiona o aprendente durante o longo processo que é aprender uma língua. Cada vez mais tem-se caracterizado a motivação como um fenômeno dinâmico e complexo, o qual envolve, entre outros aspectos, a visão que o indivíduo constrói de si mesmo como aprendente e como falante da língua alvo. Diante disso, esta pesquisa visa investigar a relação entre a visão que o aprendente de língua adicional tem de si e da influência de agentes motivacionais na emergência dos eus possíveis em seu sistema motivacional autoidentitário. Para tal, lançamos mão dos pressupostos teóricos da fase sociodinâmica dos estudos motivacionais, como, a visão relacional da motivação (USHIODA, 2009), o Sistema Motivacional Autoidentitário (DÖRNYEI, 2009) e motivação como um sistema adaptativo complexo (HENRY, 2015). As teorias da fase sociodinâmica oferecem uma nova perspectiva de investigação e análise da motivação numa visão sistêmica, que enfatiza o seu caráter multifacetado. Foi realizada uma pesquisa de abordagem qualitativa, de cunho interpretativista e longitudinal na forma de um estudo de caso, o qual teve como participantes dez alunas do primeiro semestre do curso de Bacharelado em Turismo, do campus de Belém, da Universidade Federal do Pará (UFPA). A constituição dos dados foi feita por meio de narrativas de aprendizagem, questionários, abertos e fechados, e entrevistas. Cada instrumento de pesquisa constituiu uma fase deste estudo realizado ao longo de oito meses. Os resultados evidenciam as influências de quatro grupos de agentes motivacionais (professores, família, amigos e colegas de turma) nas dinâmicas dos eus possíveis das aprendentes. Entre os processos dinâmicos observados estão as mudanças na elaboração e enriquecimento da imagem vívida do eu ideal, bem como sua disponibilidade e acessibilidade; e as mudanças pela interação com outros autoconceitos. Entre os principais subprocessos observados estão a comparação social com as características dos agentes que o aprendente gostaria de ter, a autopercepção das participantes, a autoavaliação e a reinterpretação/ressignificação das experiências de aprendizagem. Os agentes atuaram ora provocando alterações no eu ideal das aprendentes ou ativando-o, ora trazendo à tona as responsabilidades e compromissos do eu que outras pessoas acham que eles devem ser. |