A reestruturação Kuhniana da tese da incomensurabilidade nos escritos pós-estrutura

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: NASCIMENTO, Elder Souza do lattes
Orientador(a): DIAS, Elizabeth de Assis lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Departamento: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/7263
Resumo: O presente trabalho tem por objetivo analisar a tese da incomensurabilidade entre tradições paradigmáticas separadas por uma revolução, tal como é apresentada por Kuhn em sua principal obra A Estrutura das Revoluções científicas, como também as mudanças que a mesma sofreu nos escritos posteriores do filósofo. O problema que norteará nossa investigação tem como foco principal esclarecer quais às razões que levarão Kuhn a reestruturar sua concepção acerca da incomensurabilidade em seus estudos pós-Estrutura. No nosso entender as razões que levaram Kuhn a mudança de posicionamento em sua abordagem da referida tese, são decorrentes das críticas que ele sofreu em 1965, por ocasião do Colóquio Internacional de Filosofia da Ciência. Dentre as críticas que são analisadas neste trabalho, destacam-se as feitas por Popper, que vê na tese da incomensurabilidade a defesa de um relativismo, como também, as críticas de Lakatos, que acusa Kuhn de ser o defensor do irracionalismo no âmbito da ciência. Sustentamos que o filósofo reestrutura a tese da incomensurabilidade, em seus escritos pós-Estrutura, a fim de esclarecer os pontos problemáticos destacados por seus críticos. Consideramos que sua nova posição, na qual defende a incomensurabilidade local, é mais consistente e coerente que a anterior, pois assegura a comunicabilidade e a possibilidade de escolha entre paradigmas rivais, superando assim as acusações de relativismo e irracionalismo. No intuito de apresentar uma possível solução ao problema delineado, o trabalho se desenvolverá em três capítulos. No primeiro apresentaremos uma análise completa de como Kuhn concebe a tese da incomensurabilidade em sua obra A Estrutura das Revoluções cientificas. No segundo capítulo, destacaremos os aspectos problemáticos da tese que levaram o filósofo a ser acusado de defender o irracionalismo e o relativismo nas ciências. Por fim, no terceiro capítulo, procuraremos desenvolver como Kuhn, em seus pós-escritos, irá procurar superar os problemas inerentes a sua tese da incomensurabilidade recorrendo à filosofia da linguagem.