Reconhecimento de ambientes costeiros a partir da análise de imagens do SAR R99 B, banda L

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: GUALBERTO, Lílian Poliana Sousa lattes
Orientador(a): SOUZA FILHO, Pedro Walfir Martins e lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica
Departamento: Instituto de Geociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11926
Resumo: Em resposta as condições climáticas e por suas características de imageamento, o Radar de Abertura Sintética – SAR é uma das opções para o mapeamento e monitoramento de zonas costeiras tropicais. O SAR R99 B, por suas características operacionais (elevada resolução espacial, ângulo de incidência, polarização, comprimento de onda) apresenta um grande potencial para o reconhecimento de ambientes tropicais úmidos, como a planície costeira Bragantina. A análise e interpretação das imagens SAR R99 B foram baseadas nos elementos básicos de extração de informações de objetos, área ou fenômenos. A seguir a avaliação da capacidade discriminatória da banda L nos ambientes costeiros: 1) Os pântanos salinos apresentam amplitudes tonais de médios a escuros devido à reflexão especular e difusa, os fatores que influenciam a intensidade do retorno das ondas eletromagnéticas são o micro-relevo, presença de água e a vegetação. Assim, a resposta da interação da banda L, na polarização HH, com os pântanos é caracterizada por tons escuros e os limites dos campos com o manguezal são melhor definidos, do que com a polarização VV; 2) Somente na polarização VV foi identificada à praia de macromaré de Ajuruteua, que esta representada por uma superfície enegrecida, que corresponde à resposta da interação da banda L com a zona de intermaré; 3) As dunas costeiras têm a mesma orientação de ranger do SAR R99 B durante a aquisição das imagens (E-W), ou seja, forma um ângulo de reto com a direção de iluminação (N-S). Assim, as dunas são muito bem discriminadas na banda L, em ambas as polarizações; 4) A planície costeira foi melhor individualizada na polarização VV, em relação à polarização HH; 5) Em ambas as polarizações, a discriminação dos antigos cordões de praia é favorecida pelo efeito dupla reflexão, que proporciona um maior brilho destes corpos em relação ao manguezal, ao seu entorno; 6) A distinção do manguezal de intermaré deve-se ao espalhamento volumétrico e ao efeito dupla reflexão. Esta condição particular de respostas da interação das microondas com o dossel do mangue é responsável por uma textura muito rugosa e brilhante desta unidade geobotânica. Este comportamento é observado em ambas as polarizações; 7) O manguezal de supramaré apresenta um comportamento semelhante que o manguezal de intermaré, porém as árvores desse dossel são menores e espaçadas, reduzindo o efeito dupla reflexão. Conseqüentemente, há uma atenuação da rugosidade; 8) No mangue degradado, o solo argiloso expôs, e a resposta do sinal dessa superfície lisa é caracterizada na imagem pelos tons de cinza muito escuros nas polarizações HH e VV; 9) O restabelecimento do fluxo das marés, em algumas áreas do manguezal degradado tem gerado novas condições ambientais, que estão revitalizando esse manguezal. Assim, a resposta à interação com as microondas é distinta, se comparado aos demais, com aspecto rugoso com tons de cinza intermediários aos dos manguezais de intermaré e supramaré. Em termos de dispersão dos níveis de cinza, a imagem na polarização VV apresenta uma variabilidade de 25% maior que na HH. Desde modo, atribuindo uma maior capacidade de identificação de alvos na polarização VV. Os principais parâmetros do sensor que influenciam a capacidade de discriminação dos ambientes costeiros foram a polarização e ângulo de incidência. Assim, foi identificado um maior número de alvos com a polarização VV. Contudo, na polarização HH os limites dos ambientes foram melhor definidos. Estes resultados demonstraram que as polarizações são complementares na resposta dos alvos na planície costeira.