Pioneiros e duendes: desenvolvimento e integração da Amazônia a partir dos filmes documentários de Jean Manzon

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: SANTOS, Rodrigo Wallace Cordeiro dos lattes
Orientador(a): NEVES, Ivânia dos Santos lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Cultura e Amazônia
Departamento: Instituto de Letras e Comunicação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/9988
Resumo: Do final dos anos de 1940 até os dias atuais, a Amazônia brasileira recebeu várias ações do governo federal que, entre outras razões, possuem o objetivo de trazer progresso e desenvolvimento para a região. O ponto de partida desta pesquisa é a construção da estrada Belém-Brasília no final dos anos 1950, inserida num grande plano de desenvolvimento nacional, o Plano de Metas do governo do presidente Juscelino Kubitscheck. Durante o período de construção da estrada, havia uma legislação que incentivava a produção de pequenos documentários no país. O cineasta francês Jean Manzon foi um dos principais realizadores desses documentários de propaganda e sempre esteve muito próximo aos núcleos de poder do país. Aqui vamos analisar duas de suas produções sobre a construção da Belém- Brasília, Amazônia vai ao encontro de Brasília (1958) e Coluna Norte (1960) e procurar visibilizar os povos indígenas que viviam nesta região. Estes filmes são carregados de discursos sobre a Amazônia caracterizada pelo exotismo, ufanismo e ainda pela ausência de populações indígenas e outros povos. A partir dos estudos do discurso, tomando como referência as formulações de Michel Foucault e de Rosário Gregolin e de autores interessados em discussões decoloniais como Ivânia Neves e Aníbal Quijano, analisaremos quais as condições de possibilidades históricas que permitiriam que alguns discursos sobre a Amazônia fossem visibilizados e outros silenciados nestes filmes.