Efeitos do tratamento agudo sistêmico de beta-cariofileno em camundongos fêmea saudáveis e em modelo de inflamação sistêmica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: MONTEIRO, Rayan Fidel Martins lattes
Outros Autores: https://orcid.org/0000-0001-6642-4488
Orientador(a): BASTOS, Gilmara de Nazareth Tavares lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Biologia Celular
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/15052
Resumo: Todas as funções do sistema endocanabinoide (SEC) ainda não são completamente lucidadas, entretanto esse sistema é conhecido por apresentar um efeito neuromodulador, atribuído essencialmente aos receptores canabinóide do tipo I (CB1R), dos quais a ativação sistêmica induz efeitos psicoativos. Diferentemente, o efeito imunomodulador do SEC, atribuído essencialmente sobre os receptores canabinóide do tipo II (CB2R), tem sido demonstrado como alternativa de tratamento de diversas doenças inflamatórias agudas ou crônicas, incluindo doenças neurodegenerativas em modelos animais via ativação crônica de CB2R. Entretanto, ainda não está claro os efeitos desse tratamento logo após sua administração. Neste sentido, procuramos investigar os efeitos do tratamento agudo-sistêmico do β-cariofileno (BCP), um fito-canabinóide agonista de CB2R em modelo murino de neuroinflamação induzidos por LPS. Realizamos o teste de Campo aberto (CA) 2 e 4 h após a indução de sickness behavior por Lipopolissacarídeo (LPS) e demonstramos que nos animais pré-tratados com BCP, na janela de 2 h, houve manutenção na qualidade de movimento nos animais que receberam LPS sem alteração na indução de sickness behavior, e aumento da atividade na região aversiva do aparato nos animais que não receberam LPS. Indicando efeito imuno e neuromodulador do BCP. Realizamos também o teste do Labirinto aquático de Morris (LAM) 24 h após a inoculação de LPS, entretanto não foi possível discriminar alterações no aprendizado, porém os animais inoculados e não tratados demonstraram ser mais propensos a formar memória espacial. Por fim, observamos que o pré-tratamento com BCP aumenta a peroxidação lipídica e concentração de nitrito no encéfalo 2 h após a inoculação de LPS, sugerindo assim, aumento imediato do estresse oxidativo pelo tratamento agudo com BCP em modelos de neuroinflamação. Portanto, é de fundamental importância a continuidade da pesquisa dos efeitos neurológicos e imunológicos imediatos ao tratamento com BCP em modelos de animais saudáveis e em modelos neuroinflamatórios para melhor determinação dos riscos atribuídos a esse tratamento, bem como, a adição do tratamento agudo em detrimento do crônico em diferentes patologias neurológicas.