Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Teófilo, Marina Braga |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/582713
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Resumo: |
Entende-se o diagnóstico e o tratamento oncológico como uma experiência potencialmente estressora, devido aos impactos significativos dos efeitos físicos, psíquicos e sociais que podem ocorrer durante esse período. Como uma das possíveis consequências, o estresse pós-traumático (TEPT) se caracteriza pela existência de sintomas específicos após a exposição de um fator de estresse extremo, podendo acarretar manifestações emocionais, como impotência, insegurança e medo. Tais adversidades também podem proporcionar uma transformação positiva diante do evento estressor, podendo ser desenvolvido o crescimento pós-traumático (CPT), cuja variáveis associadas precisam ser melhor identificadas, para subsidiar ações de tratamento e prevenção mais eficazes. A pesquisa objetiva avaliar os fatores associados de transtorno de estresse póstraumático e do crescimento pós-traumático de pessoas submetidas ao tratamento oncológico. Para tal, foi realizada uma pesquisa por meio de dois estudos: uma revisão integrativa de literatura (Estudo 1) e um estudo empírico quantitativo (Estudo 2). O estudo 1 objetivou analisar a produção científica e caracterizar o panorama de estresse pós-traumático de pacientes após tratamento oncológico. Realizou-se uma revisão integrativa da literatura, a partir da análise de 15 artigos selecionados em português e inglês no Portal Capes, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Psycho-oncology. Os resultados quantitativos mostraram a prevalência de estudos em inglês, de abordagem quantitativa, realizados com sobreviventes e seus familiares. Os dados qualitativos foram delineados nas seguintes categorias: "Identificação do TEPT após tratamento oncológico", que evidenciou níveis significativos de TEPT nessa população e em seus familiares de sobreviventes; e "Variáveis relacionadas ao TEPT em sobreviventes", indicando que dados sociodemográficos, clínicos e percepção de doença podem estar associados ao desenvolvimento de TEPT em sobreviventes. Desta pesquisa conclui-se a necessidade de acompanhamento integral de saúde com os sobreviventes do câncer e de seus familiares, a fim de prevenir condições psicológicas adversas como o TEPT. O estudo 2 tem um delineamento quantitativo, transversal, analítico e de levantamento e foi realizado com amostra não probabilística composta por 74 participantes, que responderam a 6 instrumentos, analisados por meio de estatística descritiva e inferenciais (testes de comparação amostral, correlação e regressão), no Statistical Package for Social Science (SPSS). Como resultado, evidenciou-se que uma quantidade significativa da amostra apresentou índices indicativos para o TEPT, bem como elevado índice para CPT. Outros dados expressivos surgem nos índices elevados de suporte social e bem-estar espiritual e na identificação do câncer como uma possível ameaça à vida. As comparações amostrais sinalizaram que mulheres, solteiros, inativos ou desempregados, e assistidos pelo SUS apresentam maiores índices de CPT; e mulheres apresentam maiores índices de TEPT. Verificou-se correlações entre TEPT e bem-estar espiritual e percepção de doença que levam a inferir que o bem-estar espiritual é um fator protetivo frente a possibilidade de desenvolvimento de TEPT, e que a percepção da doença como uma ameaça foi percebida com um fator de risco para o aumento do índice de TEPT. Ademais, aponta-se a percepção da doença como variável com maior poder preditor na explicação das variações dos índices de TEPT, definindo-se como um fator de risco frente aos índices e sintomas do transtorno. Conclui-se que o reconhecimento, a identificação e análise dos fatores associados ao TEPT e ao CPT são fundamentais para elaboração de intervenções direcionadas para a prevenção de agravos à saúde, assim como apoiam ações que minimizem os efeitos adversos atrelados ao diagnóstico e tratamento do câncer. Palavras-chaves: transtorno de estresse pós-traumático, crescimento pós-traumático, oncologia. |