Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Andrade, Italo Rigoberto Cavalcante |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/98617
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Resumo: |
No Brasil, a mortalidade materna tem representado motivo de preocupação para os governantes. A sua redução tem sido um grande desafio para os serviços de saúde e para a sociedade como um todo. As altas taxas encontradas configuram a violação dos direitos da mulher e um problema de saúde pública (BRASIL, 2004a). A análise da tendência da Mortalidade Materna divulgada pela OMS em 2012 revela que o número de mulheres que morreram em consequência de complicações na gravidez, parto e puerpério diminuiu no período de 1990 a 2008 em 34%, passando de uma razão de 546 para 58 mortes por 100.000 nascidos vivos (CEARÁ, 2013). No entanto, os distúrbios hipertensivos são as complicações médicas de maior relevância durante o período gravídico-puerperal. O termo "hipertensão na gravidez" é usualmente utilizado para descrever desde pacientes com discreta elevação dos níveis pressóricos, até hipertensão grave com disfunção de vários órgãos (BEZERRA, 2005). A hipertensão na gravidez (HG) ocorre quando os valores absolutos de pressão arterial (PA) sistólica for maior de 140 mmHg e/ou PA diastólica maior de 90 mmHg. A HG é classificada em pré-eclampsia (PE), eclampsia (EC), PE superposta à hipertensão crônica e hipertensão gestacional. A PE é caracterizada pelo aparecimento de HA e proteinúria (> 300mg/24h) após a 20ª semana de gestação em mulheres previamente normotensas (VI DBHA, 2010). A etiologia da HG é descrita por muitos estudiosos como desconhecida, mas sabe-se que alguns fatores exercem certa influência na ocorrência destes agravos. Primigestação, nuliparidade, gemelaridade, antecedentes pessoais e familiares de PE ou EC, história de síndrome hipertensiva em gestações prévias, presença de HA, neuropatia, lúpus ou diabetes, gestação nos extremos de idade e paternidade diversa são conhecidos como fatores de risco para ocorrência e agravamento da Hipertensão Gestacional (HG) (BORN, 2007; BRASIL, 2010). Os resultados da pesquisa nos incentivaram a construir dois artigos. Mediante a problemática da HG para a saúde pública, optou-se pela realização do primeiro artigo, que teve como objetivo avaliar a assistência pré-natal, com base nos pressupostos de Donabedian. Para tanto, na avaliação de serviços de saúde são necessários três atributos: estrutura, processo e resultado. Entretanto, a estrutura da unidade é primordial para uma assistência pré-natal de qualidade, já que não há como prestar um cuidado eficaz sem as mínimas condições estruturais necessárias (DONABEDIAN, 1988). Uma atenção pré-natal e puerperal qualificada e humanizada se dá por meio da incorporação de condutas acolhedoras e sem intervenções desnecessárias; do fácil acesso a serviços de saúde de qualidade, com ações que integrem todos os níveis da atenção: promoção, prevenção e assistência à saúde da gestante e do recém-nascido. O segundo artigo teve como objetivo analisar a atuação da EqSF (Equipe Saúde da Família) na prevenção e/ou no controle do risco da HG. Portanto, trabalhar na busca da qualidade da assistência pré-natal é levar em conta as necessidades sociais, os desejos e os interesses dos diferentes atores envolvidos no campo da saúde, bem como constituir políticas em ações materiais e concretas. Tais ações políticas têm a capacidade de transformar e garantir direitos, constituir novos sentidos, colocando-se, assim, a importância e o desafio de se estar, constantemente, construindo e ampliando os espaços da troca, para que possamos caminhar na direção do SUS que queremos (BRASIL, 2004b). |