Desempenho cognitivo da pessoa idosa e sua relação com o estado geral de saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Chaves, Marcia Maria Goncalves Felinto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/108687
Resumo: O envelhecimento é caracterizado por um conjunto de alterações morfofisiológicas e funcionais desfavoráveis ao organismo, destacando-se o declínio das funções cognitivas, que pode ter consequência direta sobre a qualidade de vida. Assim sendo, este estudo teve por objetivo analisar o desempenho cognitivo de pessoas idosas e sua relação com o Estado geral de Saúde no Município de Fortaleza-Ceará. Trata-se de um estudo transversal, quantitativo e analítico, realizado por meio de um questionário contendo questões demográfica, socioeconômica e do estado geral de saúde. Para avaliar o desempenho cognitivo e os domínios de sua função, foi utilizado o instrumento Mini Exame do Estado Mental (MEEM). Os pontos de corte utilizados foram diferenciados pela escolaridade, segundo Bertolucci (1994). Os dados foram analisados estatisticamente por meio do software SPSS versão 20.0. Os 297 idosos avaliados tiveram idade de 60 a 97 anos, com média 71,7 anos (DP±9,0). Estes foram entrevistados nas unidades básicas de saúde das Secretarias Executivas Regionais do Município de Fortaleza. Prevaleceram faixa etária de 60 a 69 anos; sexo feminino; casados; renda mensal de até dois salários-mínimos e baixa escolaridade. Sobressaíram as doenças: hipertensão arterial, reumatismo e Diabetes Mellitus. Quanto ao teste do MEEM, 24,9% dos idosos (N=74) apresentaram comprometimento cognitivo, com pontuação do MEEM ,variando 8-30 pontos, e média de acertos (24,4;±4,3).Houve associação significativa entre ter défice cognitivo e: Variável sócio demográfica com relação a faixa etária, renda e escolaridade; Estado de saúde geral com problema de audição e de fala; e no que se refere a desconforto oral em sente boca seca, dificuldade de mastigar, problema com o gosto dos alimentos e sensação de queimação na boca. O maior comprometimento se deu no domínio do cálculo e melhor desempenho no da memória imediata. Obtiveram significância estatística entre a média de pontuação nos domínios: temporal em relação a faixa etária, raça, trabalha, renda e escolaridade; no espacial apenas na faixa etária; no cálculo em relação a faixa etária, estado civil, raça, trabalha, renda e escolaridade; na memória evocada em relação apenas na faixa etária; no da linguagem em relação a faixa etária, raça, renda e escolaridade; e no construtivo visual em relação a faixa etária, trabalha, renda e escolaridade. Quanto ao total de escores do MEEM e às variáveis sociodemográficas, observou-se significância estatística entre faixa etária, estado civil, raça, trabalha, renda e escolaridade. Os achados demonstram prevalência razoavelmente alta (24,9%) de idosos com défice no desempenho cognitivo, entretanto compatível com os achados de outros pesquisadores. O instrumento MEEM mostrou-se importante na triagem da função cognitiva, identificando domínios mais comprometidos, portanto, eficaz na prevenção de possíveis casos de défice cognitivo que possa ser precursor de demência, trazendo consequência para a pessoa, a família e a sociedade.