Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Nascimento, Rosana Oliveira do |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/97347
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Resumo: |
A assistência à saúde sexual e reprodutiva da mulher tornou-se uma preocupação mundial em razão dos problemas associados à reprodução, anticoncepção e a sobrecarga de trabalho que a mulher assumiu. O planejamento familiar está garantido na Constituição Federal e na Lei no. 9.263, de 12 de janeiro de 1996, que o define como responsabilidade do Estado proporcionar condições para que homens e mulheres tenham acesso a informações, meios, métodos e técnicas para a regulação da sua fecundidade. O estudo teve como objetivo analisar a percepção de mulheres donas de casa sobre o planejamento familiar, enfatizando a repercussão na família, o uso do método e orientações recebidas por profissionais em um centro de saúde da família. Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa, cuja coleta de dados foi realizada nos meses de abril a setembro de 2007, com 31 mulheres assistidas no programa de planejamento familiar na faixa etária de 17 a 40 anos, em Fortaleza-CE. Para a coleta de dados, utilizou-se uma entrevista semi-estruturada e os discursos foram ordenados conforme a técnica do Discurso do Sujeito Coletivo com a identificação das seguintes Expressões-Chave: planejamento familiar o que isso representa para você; como se sente em relação ao método anticonceptivo; por que optou pelo programa de planejamento familiar; quais as repercussões junto á família; que tipo de orientação você recebeu dos profissionais do serviço. Essas Expressões-Chave simbolizaram as dez Idéias Centrais que delineou-se em: é um ótimo atendimento.... mas, precisa melhorar muita coisa; serve para evitar filho e prevenir doenças; porém enfrentar a fila de espera para ser atendido, as usuárias referiram só quem precisa mesmo desse serviço, pois as pessoas perdem muito tempo esperando no sol e na chuva. Sobre os métodos anticonceptivos a maioria das respondentes disseram que se sentiam bem, já usavam há anos, enquanto outras referiram sentir-se mal; não gostavam, detestavam, só tomavam para não terem filho. Optaram pelo programa de planejamento familiar por que os profissionais orientavam como prevenir das doenças sexualmente transmissíveis e como evitar a gravidez indesejada sem agravos à saúde, pois não queriam ter filho agora e o anticoncepcional é de graça; no contexto familiar todos concordaram com a mesma opinião em adiar a maternidade em razão da difícil situação socioeconômico que se encontravam. Os profissionais do serviço orientaram como usar o comprimido na hora e dia certo e alertaram sobre a importância do uso correto, e com prescrição médica. Constatou-se que o planejamento familiar é representado pelas mulheres domésticas como importante estratégia para planejar a família, e evidenciou-se adesão ao programa no contexto familiar, em decorrência da falta de perspectiva de uma vida digna à oferecer. Em seus discursos as informantes demonstraram insatisfação com o difícil acesso aos métodos contraceptivos, falta de informação e com a organização de saúde, ou seja a qualidade da assistência não condiz com o esperado pelas usuárias. |