Humanização do cuidar de crianças cardiopatas sob a óptica materna

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Mota, Luciana Andrade da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/88097
Resumo: Anomalias congênitas são a segunda causa de mortalidade em menores de 01 ano no Brasil, com prevalência de cardiopatias entre 08 e 10 crianças por 1000 nascidos vivos. Essas patologias trazem consequências físicas e emocionais para toda a família, sendo indispensável considerar a ação da mãe e o universo das redes de apoio social envolvidos no cuidado às crianças cardiopatas. Objetivou-se compreender como a mãe vivencia o cuidar de um filho cardiopata, identificando seu conhecimento sobre a patologia e os modos de enfrentamento utilizados. Adotou-se metodologia qualitativa, descritiva e exploratória. Ocorreu no Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes, de maio a julho de 2009, com 20 mães de crianças cardiopatas, entre zero e oito anos, internadas para tratamento, através de observação livre e entrevista semiestruturada. Realizou-se análise de conteúdo de Bardin e emergiram as categorias: eu fiquei anestesiada, a minha filha tem problema de coração!; Cuidar dela é como cuidar de uma pena pra não cair; É difícil ver seu filho numa sala de cirurgia; Deus me confirma que vai dar tudo certo; A gente tem medo de dormir e não acordar. Observou-se desinformação ou falta de compreensão em relação à doença do filho, dedicação no cuidar, instinto protetor e forte vínculo emocional e afetivo. As cirurgias foram consideradas angustiantes e a fé revelou-se apoio emocional, favorecendo a permanência prolongada em hospitais. A expressão do que representa ser mãe de criança cardiopata indica ambiguidade, pois a alegria da maternidade é contraposta pela dificuldade, angústia, tristeza que o adoecimento traz. Aponta-se a educação como elemento mediador das etapas de prevenção, promoção e recuperação da Saúde, em um processo de construção humanizado capaz de favorecer o ?empoderamento? do indivíduo, facilitando a vivência do adoecimento.