Percepção da gestante sobre a integralidade da atenção pré-natal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Bezerra, Melina de Paiva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/84040
Resumo: Os principais problemas discutidos sobre a atenção pré-natal na literatura referem-se ao não cumprimento das atividades preconizadas pelo MS por parte dos profissionais durante as consultas pré-natais, ocasionando uma baixa qualidade da atenção pré-natal e a óbitos materno-infantis. A avaliação na percepção da gestante e do pesquisador constitui um método para identificar os conflitos existentes na organização do serviço de saúde e nas práticas profissionais, sendo relevante a decodificação da real situação da atenção pré-natal para que possam criar subsídios que melhorem a qualidade do cuidado a saúde da mulher gestante no pré-natal. O estudo teve como objetivo avaliar, na percepção da gestante, a atenção no pré-natal no contexto da organização do serviço de saúde e das práticas dos profissionais da equipe de saúde da família e analisar a integralidade das ações de saúde inseridas na atenção pré-natal. Trata-se de um estudo avaliativo com abordagem qualitativa no qual foram entrevistadas 21 gestantes que participavam do pré-natal em três Centros de Saúde da Família na Secretaria Executiva Regional VI de Fortaleza - Ceará, nos meses de julho a outubro de 2008. Os dados foram organizados em duas temáticas e analisados sob o referencial dos aspectos conceituais da Integralidade sugerido por Rubem Mattos, especificando a organização dos serviços e a competência profissional. As gestantes relataram satisfação quanto ao serviço de pré-natal que demonstrou ações inseridas na integralidade em relação à acessibilidade, realização de exames laboratoriais, encaminhamentos das gestantes para serviço odontológico e distribuição de medicações. Nas práticas profissionais, algumas gestantes relataram insatisfação devido à falta de acolhimento, diálogo e escuta do profissional. A atenção voltada somente para a saúde do bebê, durante as consultas do pré-natal, também foi observada. Identificou-se que todas as gestantes realizaram no mínimo de seis consultas, iniciaram o pré-natal no primeiro trimestre, embora com o nível socioeconômico e de escolaridade desfavorável e sem a captação pelo agente comunitário de saúde. Todas as gestantes receberam, no mínimo, uma consulta médica e as demais realizadas por enfermeiras. Há necessidade que o profissional da saúde comunique-se de forma clara e objetiva com a gestante, observando seu nível de compreensão, e perguntando-lhe se entendeu, pois atuando de forma integral e assistindo essa mulher em sua totalidade, a gestante poderá atuar na sua saúde contribuindo para ter uma gravidez saudável, diminuindo os possíveis agravos durante o estado gravídico e puerperal.