Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Mota, Analice Pereira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/95305
|
Resumo: |
O acesso às ações e serviços de saúde ainda constitui-se um desafio que está ligado à organização dos serviços, às bases legais do planejamento que dão suporte ao processo de regulação, ao subfinanciamento e à insuficiência do controle social. Considerando que a cobertura da atenção primária foi ampliada e consequentemente a demanda por serviços especializados aumentou sem a devida expansão da capacidade instalada da rede secundária, as filas virtuais das centrais de regulação passaram a ser um grave problema para saúde pública. O interesse por esse tema emergiu da constatação que o acesso aos serviços de média complexidade tem sido apontado, por gestores e pesquisadores, como um dos entraves para a efetivação da integralidade do SUS. Estudo quantitativo, transversal que objetivou identificar o acesso às consultas especializadas e aos Serviços de Apoio Diagnóstico Terapêutico (SADT) dos usuários de um município cearense a serviços de referência. Para elaboração deste trabalho fez-se necessário analisar a Programação Pactuada Integrada bem como, os relatórios mensais da Central de Regulação do SUS (CRESUS), relacionadas a oito tipos de consultas especializadas e quatro exames de apoio diagnóstico terapêutico, de janeiro a dezembro de 2010, do município de Canindé-CE. Foram selecionados 148 usuários do SUS que tiveram suas solicitações, referentes a consultas e exames especializados, agendadas. Constatamos o não cumprimento do que está programado e pactuado na PPI e vimos que as consultas especializadas solicitadas de oncologia e mastologia foram agendadas em 84,4% e 60,0%, respectivamente, tendo como referência a PPI. Todavia as consultas para as especialidades de endocrinologia, gastroenterologia, pneumologia e urologia tiveram um número maior de consultas canceladas em relação às agendadas. Os serviços de apoio diagnóstico terapêutico, cintilografia do corpo inteiro, ressonância magnética do crânio e tomografias computadorizadas, agendadas extra PPI com base nas solicitações, foi de 85,7%, 32,6% e 55,0%, respectivamente. Essa realidade ocasiona inúmeros problemas aos usuários do SUS que, sem terem suas consultas e exames agendados no tempo oportuno, iniciam o tratamento tardiamente o que pode conduzir ao agravamento dos casos.Contudo, segundo a pesquisa, a partir do momento que o usuário consegue ser atendido na atenção secundária, 72,7% relataram ter resolvido o problema que os levaram a procurar os serviços de saúde especializados, sendo que 40,0% destes deram continuidade ao tratamento na atenção básica. O tempo médio de espera, oito meses, para realizar a consulta ou o exame especializado é um fator preocupante. Verificamos que 81,8% dos usuários agendados utilizaram o transporte sanitário, disponibilizado pela Secretaria de Saúde, sendo essa uma estratégia que permite o maior acesso do usuário aos serviços de saúde para os quais são referenciados. Conforme os resultados, sugerimos a construção do diálogo entre os gestores e a sociedade reforçando a divisão da responsabilidade sanitária e o cumprimento dos acordos previamente discutidos e estabelecidos assegurando, desta forma, o acesso da população às ações e serviços de saúde. |