Saúde bucal e qualidade de vida em trabalhadores com e sem assistência odontológica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Castro Filho, Carlos Santos de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/84914
Resumo: Os problemas de saúde bucal têm sido cada vez mais reconhecidos como importantes causadores de impactos negativos no desempenho diário e na qualidade de vida dos indivíduos e da sociedade. Estudos apontam para possíveis benefícios da assistência odontológica em diversos segmentos de nossa sociedade. Todavia, não existem estudos em uma mesma população de trabalhadores observando sua saúde bucal, sua qualidade de vida, e a relação destas com acesso a assistência odontológica. Este estudo objetivou analisar a influência da presença da assistência odontológica na saúde bucal e qualidade de vida de trabalhadores. Estudo quantitativo, exploratório e transversal, em um município da região metropolitana de Fortaleza-Brasil. A coleta de dados se deu a partir de um questionário composto de 22 questões sócio-econômico-demográficas e características do atendimento odontológico das empresas, o OIDP (Oral Impacts on Daily Performances) e o WHOQOL-BREF. Participaram do estudo, 356 trabalhadores. CPOD médio de 16,58 foi observado no grupo estudado, onde a empresa que possui assistência odontológica própria (F1) obteve melhores índices que a empresa que nunca possuiu assistência odontológica (F4). A média de sextantes hígidos, com sangramento e com cálculo dental, das empresas foi de, respectivamente: 64,5%, 23,5% e 6,2%, onde a empresa F1 obteve os melhores índices e a empresa F4 os piores. O uso de prótese superior se apresentou mais freqüentemente que o uso de prótese inferior em todas as empresas. Os resultados indicam que os trabalhadores de empresas com assistência odontológica apresentaram melhores condições de saúde bucal, que os seus colegas de empresas sem assistência odontológica. Trabalhadores da empresa com assistência odontológica própria apresentaram os valores mais altos para todos os domínios do WHOQOL-BREF, demonstrando melhor qualidade de vida geral. O impacto das condições de saúde bucal na qualidade de vida dos trabalhadores, foi relativamente comum (77%), mas pouco grave, com valor médio máximo de 18,8%. Conclui-se que trabalhadores de empresas que possuem assistência odontológica (própria ou privada) apresentaram maiores facilidades relacionadas ao acesso à assistência odontológica, melhores níveis de satisfação relacionados ao atendimento recebido, melhores índices de saúde bucal e melhor qualidade de vida.