Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Silva, Ana Rosa Alves da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/113816
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Resumo: |
O transplante de órgãos consiste em um campo de investigação e atuação interdisciplinar, sendo um dos avanços mais visíveis na prática médica, em termos científicos, políticos e éticos. Esta pesquisa visou investigar, a partir da práxis do assistente social, aspectos subjetivos do doador de rim vivo relacionado, tendo em vista a carência de estudos que vislumbrem o doador, já que o receptor é a figura estudada dos pontos de vista médico e das políticas de saúde. Em relação à intervenção do assistente social em um serviço de transplante, destacam-se, como ações rotineiras, o acompanhamento pré e pós-operatório, tanto em ambulatório quanto em enfermaria. A pesquisa foi realizada no Hospital Geral de Fortaleza, delineando-se qualitativamente como estudo de caso, tendo como referência a práxis do assistente social no Serviço de Transplante da instituição. A coleta de dados compreendeu a análise documental de prontuários, dos diários de campo da pesquisadora e de entrevistas, com roteiro semi-estruturado, com doadores, realizadas com uma mãe, uma tia e uma irmã que doaram um rim, respectivamente, para seu filho, sobrinha e irmão. A partir da análise do material coletado, aspectos relacionados aos significados do corpo e às relações familiares foram ressaltados, especialmente no que se refere à divida simbólica entre doador/receptor/doador, consistindo o foco de análise na interface entre os saberes e práticas biomédicas, o corpo simbólico, visto pela perspectiva da psicanálise, e a teoria da dádiva do antropólogo Marcel Mauss. Concluiu-se que o processo de transplante demanda olhares e intervenções interdisciplinares, não se limitando à visão biomédica , na qual o corpo anatômico e, em especial, o enxerto, são comumente concebidos. A complexidade da relação entre os atos de doar, de receber e de retribuir marca a experiência do doador que necessita elaborar lutos ? pela perda de um órgão/parte de seu corpo e pela relação idealizada com o receptor, dentre outros ? ressignificando a doação como ato de generosidade, já que suas implicações denunciam ambivalência, frustração, arrependimento e ressentimento. A discussão desnudou a carência de práticas institucionais que se destinam ao doador, indicando a importância de intervenções que o acolham e possibilitem elaborações, não só racionais, mas, prioritariamente, subjetivas antes e após o transplante. O assistente social pode, a partir de seu lugar na equipe, favorecer o incremento de práticas e ações voltadas não só para o receptor, mas incluir o doador e a família. Palavras-chave: Serviço Social. Doação de órgãos. Subjetividade. Interdisciplinaridade. Políticas de saúde. |