O princípio da eqüidade na praxis fisioterapêutica do cliente em estado comatoso: repercussões orgânicas e metabólicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Lopes Junior, Marcelo Mansueto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/69796
Resumo: A palavra ?eqüidade?, no aspecto semântico, está bastante próxima à palavra ?igualdade?, podendo até constar como sinônimas. A ?eqüidade? implica: nas condições de saúde, na redução de diferenças evitáveis e injustas até o mínimo possível;  e nos serviços de saúde, no recebimento de atenção em relação à necessidade. Por outro lado, a promoção de saúde tem sido definida como o processo que capacita a população a exercer e a aumentar o controle sobre a sua saúde, sendo dessa forma relativa ao bem-estar individual e coletivo. O estado comatoso, em especial o decorrente do traumatismo crânio-encefálico (TCE), consiste em uma das complicações nas quais o indivíduo é privado da autonomia de seu tratamento e da sua capacidade de autocuidado, passando a um estado de dependência. O exercício passivo está contido nos três níveis de atenção à saúde. No princípio de integralidade é parte da reabilitação e também visa a maior atenção às necessidades reais do paciente comatoso, prevalecendo aí a eqüidade. Como efeito principal evita as complicações inerentes às morbidades provocadas pelo estado de coma. Este estudo teve como objetivo analisar o respeito ao princípio da eqüidade na práxis fisioterapêutica do cliente em estado comatoso e, uma vez este é exercido, avaliar as repercussões orgânicas e metabólicas desencadeadas. O método utilizado consistiu inicialmente na observação das atitudes e ações da equipe multiprofissional para com o paciente comatoso. Em um segundo tempo, foi realizado procedimento fisioterapêutico, com a utilização do exercício passivo em tempo de 20 e 30 minutos, sendo avaliadas as repercussões orgânicas deste atendimento. As variáveis estudadas consistiram da homeostase metabólica. Como resultado evidenciou-se que há uma necessidade maior de respeito aos princípios da eqüidade e da integralidade referendados para um atendimento humanizado. E estes serem respeitados, com a realização de procedimento fisioterapêutico adequado. Evidenciou-se que o exercício passivo de vinte minutos não apresentou alterações significativas nos parâmetros pesquisados, exceto uma tendência a aumentar a pressão arterial sistólica (PAS, p = 0,057) e pressão arterial diastólica (PAD, p = 0,057). Em trinta minutos, mostrou alterações significativas no pH (p = 0,011), freqüência respiratória (FR, p = 0,042), excesso de base (BE, p = 0,020), enquanto que creatino fosfoquinase (CPK, p = 0,066) com tendência a aumentar e glicose (Gli, p = 0,065) e fósforo (PO4, p = 0,066) com tendência a diminuir. Conclui-se então que a atenção à saúde deve ser incrementada, tendo em vista que os pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) merecem os cuidados dentro da visão dos princípios de eqüidade e integralidade que regem as leis do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil e que as alterações orgânicas e metabólicas provocadas pela ação fisioterapêutica em pacientes comatosos em UTI poderão exercer uma diminuição na comorbidade provocada pelo estado de coma e gerar o máximo de independência funcional ao paciente.