Nível de ansiedade de usuários do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Alencar, Vanessa Aurea Batista
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/119338
Resumo: O aumento do número de casos de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), sobretudo os casos de HIV/aids, acarreta ansiedade pela espera do diagnóstico. Objetivou-se avaliar o nível de ansiedade das pessoas que buscam o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) para a realização do teste rápido (TR) para HIV. Trata-se de um estudo exploratório, descritivo e analítico, com abordagem quantitativa, por meio de questionário sociodemográfico e aplicação da escala de ansiedade EMAS (Endler Multidimentional Anxiety Scales). Realizado entre os anos 2017 e 2018, no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) de Fortaleza, CE. Participaram 94 pessoas maiores de 18 anos, que por demanda espontânea ou referenciada, buscaram o CTA para realização do TR para HIV. A predominância foi de solteiros, com 66 (78,6%). Cinquenta e sete (71,4%) referiram ter tido parceiros eventuais nos últimos 3 meses e 61 (72,6%) acreditam que se expuseram ao vírus HIV. Dos 66 homens, 33 (50,8%) relataram atividade homossexual. A prevalência de parceiros eventuais nos últimos 3 meses foi maior nas pessoas com idade igual ou inferior a 30 anos (p=0,006). Houve associação significativa entre os usuários que acham que se expuseram ao vírus HIV e aqueles que tiveram parceiros eventuais nos últimos 3 meses (p=0,012). Houve tendência a significância (p=0,05) para pessoas que tiveram parceiros eventuais nos últimos 3 meses, porém com parceiro fixo. Usuários que acham que se expuseram ao vírus apresentaram associação significativa com aqueles que tiveram parceiros eventuais nos últimos 3 meses (p=0,012). A pontuação geral das respostas da escala EMAS foi de 28,6 (dP= 20). Os itens que mais se destacaram foram ¿sente-se capaz de receber o resultado do exame¿, seguido de ¿preocupado consigo¿ (m = 50,9) e ¿impaciente¿ (m = 42,3). A ansiedade dos respondentes frente a situações novas ou inesperadas, medida pela subescala EMAS ¿ T foi de 48,5 (dP = 16,1). A ansiedade global perante uma situação onde a pessoa está sendo avaliada por outras foi de 48,1 (dp = 16,8. Variáveis sociodemográficas e ansiedade na ocasião da realização do TR apresentaram valor significativo estatisticamente para o sexo masculino (p = 0,039). Se sentir avaliados por outras pessoas apresentaram associação significativa para orientação sexual (p = 0,037) e ter realizado o TR anteriormente (p = 0,005). Sendo assim, a ansiedade é importante na prática e na pesquisa em doenças crônicas, incluindo o HIV/aids, uma vez que os resultados encontrados nesse estudo reforçam a sua relevância, visto que foi evidenciada a presença deste sentimento nas pessoas que buscaram o CTA para realização do TR para HIV.