Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Camurça, Vladia de Almeida |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/118302
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Resumo: |
A tuberculose (TB) é uma doença milenar e permanece sendo um dos maiores problemas de saúde pública. Em 1940, a estreptomicina foi utilizada como o primeiro fármaco para o seu tratamento, e com o seu emprego verificou-se o aparecimento de cepas multirresistente (MDR-TB). No final da década de 1970, observou-se o aumento da incidência de MDR-TB em todo o mundo, tornando o seu controle um grande desafio. A presente investigação tem sua importância pelo fato que a cidade de Maracanaú que integra a 3ª Região de Saúde do estado do Ceará, apresenta a 4ª maior taxa de incidência do estado. Portanto, objetivou-se analisar as características clínicas e epidemiológicas dos indivíduos com diagnóstico de TB pulmonar, bem como caracterizar o perfil socioeconômico, demográfico, exposição familiar e comportamental. E também avaliar as características clínicas e laboratoriais (comorbidades, tratamento e abandono) e identificar a prevalência da resistência primária e secundária dessa população estudada. Estudo observacional do tipo transversal, realizada nas Unidades Básicas de Saúde e no ambulatório de referência em atendimento à tuberculose pulmonar. A amostra foi constituída por 68 indivíduos e foi realizada uma análise descritiva e as variáveis categóricas foram representadas por meio de porcentagens e comparadas por meio de teste exato de Fisher e as variáveis contínuas foram analisadas por meio de média e desvio padrão. Dos 68 participantes, 77,9% eram sexo masculino, 52,9% jovens em faixa etária produtiva, 55,9% com baixa escolaridade, 30,9% sem emprego e renda de 60,3% entre um e dois salários mínimos. Dentre os 68 indivíduos estudados, 57 (79,4%) nunca tinha realizado tratamento anterior para tuberculose pulmonar e 11 (16,2%) deles já haviam realizado. Dentre os que realizaram tratamento anterior 08 (72,7%) abandonaram a terapêutica. Dos 68 indivíduos, 50 (73,6%) relataram jamais haver experimentado algum evento adverso aos fármacos, porém, dentre aqueles (18/26,4%) que experimentaram mencionaram as seguintes reações: tontura, problemas gastrointestinais, urticária, febre, anorexia e cansaço. Da amostra, 05 (7,3%) referiram ocorrência de tuberculose pulmonar na família e verificou-se 42,6% de etilismo, 32,8% tabagistas e 30,9% usuários de drogas ilícitas. O uso de outros fármacos foi justificado pela presença de outras comorbidades, tais como diabetes mellitus (8,8%), hipertensão arterial (7,4%), HIV/SIDA (7,4%) e transtornos psíquicos (2,9%). Dentre os 65 participantes que realizaram o teste de sensibilidade, 02 (3,1%) apresentaram tuberculose resistente a isoniazida, rifampicina, estreptomicina e etambutol. A tuberculose pulmonar nesse estudo mostrou associação com as categorias das variáveis socioeconômicas e demográficas como o sexo, escolaridade, renda familiar, faixa etária e ocupação. Observou-se que os participantes infectados pelo Mycobacterium tuberculosis dessa amostra não desenvolveram resistência ao bacilo em nível de significância estatística, revelando taxas inferiores às nacionais e de outros países, sugere, que a multirresistência ainda não se configura como problema para o município estudado. Descritores: Mycobacterium tuberculosis. Tuberculose Pulmonar. Epidemiologia Descritiva. Tuberculose Resistente a Múltiplos Medicamentos. Classe Social. |