Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Ana Tercila Campos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/109877
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Resumo: |
A Resiliência Comunitária (RC) refere-se aos processos, forças e ações coletivas de enfrentamento e adaptação positiva a situações adversas vividas por uma comunidade. Uma revisão integrativa da literatura (nacional e internacional) sobre esse tema, no período de 2009 a 2015, no Portal de Periódicos Capes, mostra o predomínio de artigos na língua inglesa, sobretudo norte-americanos, publicados em 2013, de método qualitativo e baseado em entrevistas. A RC é descrita como um atributo (capacidade, habilidade) e enquanto processo; e as principais adversidades estudadas são os desastres (e.g. furacões, terremotos e enchentes). Além disso, três fatores estão relacionados à RC: capital social, laços culturais e a infraestrutura. Essa dissertação teve como objetivo descrever processos de resiliência comunitária e fatores a ela relacionados, através de um estudo de caso de uma comunidade de Fortaleza, CE, que teve origem em uma ocupação urbana e que se caracteriza por baixos indicadores sociais. Trata-se de um estudo qualitativo, com delineamento de estudo de caso único e que teve como base a Inserção Ecológica. Realizaram-se observações da comunidade, além de 10 entrevistas com lideranças comunitárias e moradores. Os dados foram analisados com base na Análise de Conteúdo e na triangulação de diferentes instrumentos, como entrevistas, diários de campo e documentos oficiais sobre a história e indicadores da comunidade. As principais adversidades vivenciadas na comunidade estão relacionadas às desigualdades sociais que resultam em violência, estigma de violência associado ao local e dificuldades estruturais (e.g. falta de saneamento básico e espaços de lazer). No entanto, também é possível identificar processos de resiliência comunitária, ilustrados nas lutas comunitárias em prol da garantia de direitos básicos (e.g. luz e transporte). Tal processo está alicerçado nos seguintes fatores: capital social (redes de suporte social, mobilização comunitária), nos laços culturais que envolvem os moradores (identidade cultural, autoestima coletiva) e na infraestrutura que apoia o crescimento da comunidade (escolas, posto de saúde, equipamentos sociais e comércio). Conclui-se sublinhando a importância de um novo olhar acerca das comunidades e suas vulnerabilidades, o qual valorize as suas potencialidades. Ademais, corrobora-se a relevância do conceito de RC para o estudo da pobreza e da violência, adversidades que são historicamente menos enfatizadas nos estudos sobre RC, embora sejam as mais crônicas e frequentes no contexto brasileiro. Palavras-chave: resiliência comunitária, comunidade, inserção ecológica, capital social |