Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Marques, Paulo Leonardo Ponte |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/100033
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Resumo: |
Introdução: Alterações sistêmicas e bucais são comuns em pacientes sob tratamento de hemodiálise. A observação das mudanças dentárias, periodontais e salivares é fundamental na busca por um tratamento de qualidade e sem complicações. Pacientes hemodialisados geralmente têm reduzida taxa de fluxo salivar e queixam-se de sintomas de xerostomia, caracterizada pela sensação de boca seca. Condições sistêmicas e típicas do tratamento podem provocar essas alterações. Objetivo: Avaliar as condições de saúde bucal, incluindo aspectos dentais, tecidos moles e salivares em pacientes submetidos ao tratamento de hemodiálise, identificando fatores associados e suas implicações clínicas. Material e Método: Estudo transversal realizado em dois centros de diálise. Utilizou-se de questionário para obtenção dos dados demográficos e dos prontuários para obtenção de dados clínicos e laboratoriais dos pacientes. Parâmetros de saúde bucal foram mensurados: dentes perdidos, cariados e restaurados (CPOD) e índice periodontal comunitário (IPC) de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). A saliva foi estimulada e o fluxo salivar avaliado antes e após a hemodiálise. Os índices de xerostomia e sede foram avaliados com respectivas escalas validadas. Resultados: Participaram do estudo 128 pacientes (66 homens e 62 mulheres) com média de 56,2±17,1 anos. Detectou-se CPOD médio de 23 ±9,14 com 32% de prevalência de pacientes edêntulos. Observaram-se alterações periodontais em 94,3% dos pacientes e nos tecidos moles em 25,8%. Após diálise, detectou-se aumento significativo do fluxo salivar (0.39±0.28ml/min vs. 0.60±0.34/min, p<0.001). Houve associação entre o CPOD médio e o fluxo salivar (r= -0,228, p=0,011). A ureia sérica pré-hemodiálise foi negativamente correlacionada com fluxo salivar (r=0.319, p=0.011). Houve associação do uso do medicamento sevelamer e a redução do fluxo salivar (0.32±0.19 vs. 0.44±0.23, p=0.003), porém não significante entre fluxo salivar e o índice de xerostomia (r=0.092, p=0.368) e o índice de sede (r=0.019, p=0.851). Conclusão: Destacou-se alta prevalência de doenças periodontais e elevado índice CPO-D, com predominância do componente perdido. Mesmo havendo aumento do fluxo salivar após a hemodiálise, este ainda pode ser considerado baixo para preservação dos tecidos bucais, podendo estar associada a vários fatores sistêmicos. A ureia sérica, o produto cálcio-fósforo e o uso do sevelamer, além da idade, foram associados independentemente com o baixo fluxo salivar. A atenção odontológica nestes pacientes deve atentar para a prevenção e reabilitação. |