Avaliação das instabilidades cromossômicas em displasias epiteliais e carcinomas de células escamosas orais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Rodrigues, André Montezuma Sales
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/114869
Resumo: O câncer, atualmente, é um dos maiores problemas de saúde pública em todo o mundo. O carcinoma de células escamosas oral (CCEO) é o tipo mais comum de câncer de boca, correspondendo a 90% dos casos, sendo precedidos por alterações conhecidas como desordens orais potencialmente malignas (DOPM). Vários estudos buscam identificar marcadores moleculares capazes de predizer o potencial de transformação maligna das DOPMs, contudo, até o momento não foram relatados marcadores que sejam capazes de prever a progressão da mucosa normal ou das DOPMs para um câncer invasivo. Para que haja o desenvolvimento de uma neoplasia maligna são necessários vários eventos moleculares em ambiente celular. A instabilidade cromossômica (CIN) descreve uma condição em que as células frequentemente adquirem alterações citogenéticas e não segregam com precisão seus cromossomos. Esses defeitos resultam em falta de segregação de cromátides durante a anáfase, gerando células filhas aneuplóides e defeitos indiretos de segregação podem ser causados por rearranjos cromossômicos estruturais gerados antes da mitose. O presente estudo teve como objetivo verificar a existência de alterações numéricas no cromossomo 17 e deleções no cromossomo 1 no carcinoma de células escamosas oral (CCEO), comparando com a displasia epitelial oral (DEO). Fez uso da FISH ¿ fluorescence in situ hybridization, (status de ploidia do cromossomo 17 e deleções do cromossomo 1 em 1p36, 1q25 e 1pTEL), em uma população de 120 casos, sendo 57 de DEO e 63 de CCEO. Os resultados demonstraram uma proporção homem:mulher para os CCEOs de 1,3:1, e sítios anatômicos mais frequentes a língua (33,3%), assoalho bucal (25,4%) e lábio inferior (15,9%). As aneuploidias do cromossomo 17 mostraram-se mais frequentes nos CCEOs, com maior evidência nas trissomias e polissomias. A combinação dos dados histopatológicos e clínicos das DEOs e dos CCEOs demonstraram que a deleção de 1pTEL é um possível marcador biológico de progressão maligna para as displasias epiteliais orais, como também um demonstrativo da agressividade apresentada pelos CCEOs. As três deleções estudadas, 1p36, 1q25 1pTEL, foram encontradas nas trissomias e polissomias dos CCEOs, mostrando uma correlação das deleções nas aneuploidias nos casos de CCEOs avançados. Muito embora haja diferença evidente entre as DEOs e os CCEOs em relação às CIN, não foram encontradas diferenças estatísticas entre as gradações propostas para ambas as condições. Descritores: Câncer Oral, Carcinoma de Células Escamosas, Instabilidade Cromossômica, Aneuploidia, Deleção Cromossômica, Hibridização In Situ Fluorescente.