Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Silva Filho, Daniel Rodrigues da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/592803
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Resumo: |
A busca por melhor qualidade de vida por meio do trabalho é um objetivo comum a todos os trabalhadores. No caso dos policiais militares do Estado do Amazonas, essa busca é desafiada por limitações impostas por um regime de dedicação exclusiva não normatizado que muitas vezes inviabiliza o exercício de outras atividades remuneradas. Nesse contexto, a presente pesquisa analisa a aplicabilidade do direito fundamental ao livre exercício de trabalho, previsto no inciso XIII do art. 5º da Constituição Federal de 1988, com foco nos policiais militares amazonenses e na busca por condições laborais mais dignas. Destaca-se o posicionamento da Procuradoria Jurídica do Estado, que entende que a atividade policial militar não configura atividade técnica, razão pela qual, segundo essa interpretação, não haveria respaldo constitucional para o acúmulo de cargos. Essa concepção é objeto de problematização na pesquisa, que defende que as restrições ao exercício de outras funções pelo policial militar devem ser estabelecidas exclusivamente por lei e não por mera discricionariedade administrativa. O objetivo geral do estudo é avaliar juridicamente a possibilidade de acúmulo de funções públicas ou privadas por policiais militares, mesmo diante do regime de dedicação exclusiva frequentemente imposto na prática. Entre os objetivos específicos destacam-se: analisar a atividade policial militar como atividade técnica, o que permitiria o acúmulo com o magistério público; compreender os impactos da Lei nº 14.751/2023 sobre o tema; verificar a preponderância da função policial sobre outras atividades; e examinar o posicionamento jurisprudencial sobre o regime de dedicação exclusiva no funcionalismo público, com ênfase nos reflexos para a Polícia Militar do Estado do Amazonas (PMAM). A relevância da pesquisa está na sua contribuição para a valorização profissional dos militares estaduais e na busca por segurança jurídica. Ao discutir o possível reconhecimento da atividade policial como técnica, busca-se abrir espaço para o exercício concomitante de outras funções legalmente compatíveis, como o magistério, o que pode contribuir para a melhoria salarial e para a dignidade dos profissionais da segurança pública. Além disso, o trabalho propõe fomentar o debate sobre a regulamentação do regime de dedicação exclusiva, visando ao preenchimento de lacunas normativas. A metodologia utilizada combina pesquisa bibliográfica e documental. Foram consultadas bases como Google Acadêmico, EBSCOhost, Scielo, Revista dos Tribunais, Vlex e periódicos da CAPES, além de legislações, projetos de lei, jurisprudência e códigos de ética, com apoio de operadores booleanos e pesquisa em idiomas estrangeiros. Como resultado, infere-se que o acúmulo de função pública, especialmente o magistério, por policiais militares, é juridicamente possível, desde que observados os critérios constitucionais e reconhecida a tecnicidade da função policial. No tocante ao exercício de atividades privadas, também se admite sua possibilidade, desde que seja garantida a primazia da atividade militar, diante da sua importância para a segurança pública. A regulamentação adequada do regime de dedicação exclusiva é vista como fundamental para garantir direitos, valorização e melhores condições de vida aos policiais militares do Amazonas. Palavras-chave: direito fundamental; dedicação exclusiva; acúmulo de cargos e funções; Polícia Militar. |