"Morte de Deus" e a fundamentação da cultura em Freud: articulações entre Niilismo e Metapsicologia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Leitão Júnior, Valton Miranda
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/103308
Resumo: Este trabalho pretende articular algumas questões referentes ao niilismo com a metapsicologia freudiana, tendo como pano de fundo a problemática histórico-filosófica da morte de Deus. Assim, partimos de algumas considerações éticas e epistemológicas referentes ao acontecimento ?morte de Deus?, que segundo Nietzsche é o fenômeno cultural que marca uma espécie de inflexão no pensamento ocidental, para daí fazer uma leitura deste fenômeno a partir da perspectiva freudiana. Portanto, faz-se aqui uma tentativa de seguir a gênese da noção de Deus em Freud, sobretudo em sua obra Totem e Tabu (1912) para daí seguir a pergunta de porque a morte de Deus na modernidade tardia (tese nietzschiana) teria causado tamanha perplexidade na cultura ocidental. Isso toca na questão da perda dos fundamentos éticos e ontológicos para a vida humana no Ocidente, o que nos levou a uma interrogação sobre os limites e a fundação mesma do homem a partir de sua invenção mais sublime: Deus. Para, desta interrogação, introduzir a hipótese freudiana do parricídio primitivo como uma mitologia que tenta repor a metafísica cristã nos trilhos da verdade histórica do homo sapiens. Deste modo, o ?mito científico? freudiano, tendo em seus conceitos centrais a ambivalência de sentimentos e a pulsão de morte, repõe no âmago da vida humana um vazio de ser e de sentido impossíveis de uma plena representação racional, mas que impulsionou a gênese a um só tempo do Homem, da Religião e da Cultura. Do que deduzimos que a Pulsão de morte (em sua expressão agressiva no parricídio primitivo) é o conceito psicanalítico que redimensiona modernamente o caráter humano e permite o vislumbre de uma estrutura simbólica (o Inconsciente) como lugar de determinação imanente de sua ânsia por ordem e transcendência. Palavras-chave: Niilismo. Metapsicologia. Parricídio primitivo. Morte de Deus.