Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Pinto, Francisco Ricardo Miranda |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/126918
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Resumo: |
Este texto versa sobre a transexualidade, fenômeno com relatos religiosos e mitológicos que a ratifica , a partir d e diferentes experiências em diferentes contextos . Despatologizada desde 2018, se mantém sob intervenção psiquiátrica , patologizada , como disforia de gênero . O objetiv o geral foi analisar a interface entre a subjetividade e a promoção da saúde de pessoas transgênero na superação dos dispositivos de poder excludentes durante o processo transexualizador. Enquanto os específicos dão conta de demonstrar a resiliência como d ispositivo intrapessoal predisponente à promoção da saúde e superação nas diversas situações cotidianas, detectar o princípio da empatia nas relações interpessoais da equipe multiprofissional com as pessoas transgênero a partir do uso do Mapa da Empatia e, relacionar os laços familiares no enfrentamento aos processos de exclusão e invisibilidade. Estudo de Lente Fenomenológica e abordagem qualitativa, foi desenvolvido em Fortaleza - Ceará - Brasil com a colaboração de 20 participantes divididos em três grupos d istintos: 04 clientes transgênero, 04 profissionais do Ambulatório SerTrans , localizado no Hospital de Saúde Mental Prof. Frota Pinto, e 12 mães . Todos selecionados seguindo critérios de inclusão e exclusão específicos a cada grupo. A coleta dos dados, realizada e agosto de 2019 a janeiro de 202 0 também foi específica para cada grupo . P ara as pessoas trans , foi aplicada a Entrevista Fenomenológica em Prof undidade ; para os profissionais foi utilizada a técnica do Mapa da Empatia ; para as Mães Pela Diversidade foi realizado o Grupo Focal. Na fase de tratamento, o s dados foram submetidos a triangulação d a Análise de Conteúdo de Bardin, à Fenomenologia de Huss rel e o Interacionismo Simbólico de Blummer. Após este escrutínio , emergiram três categorias d a participação das pessoas trans, duas para os profissionais e três para as mães . Para a análise destes dados optou - se em utilizar a importante constelação de pesquisadores pós - estruturalistas , adotando - se os pressupostos teóricos de Goffman, Merleau - Ponty, Carls Rogers e vários outros nomes de peso na ciência e na pesquisa. Os resultados ratificam a disforia de gênero como condição que vulnerabiliza a existênci a e traz severos danos à vida das pessoas trans e seus familiares. A/e/o( s ) participantes apontam conflitos sociais, inacessibilidade a serviços públicos essenciais como saúde, escola, emprego e renda. Contudo, todas as participações revelam superação na c ondição diária de vida , ao invés de apenas comiseração , desvelando empatia, resiliência, animosidade e coragem para continuar e manter - se resistente nas lutas diárias de continuidade e busca pelos serviços de saúde que irão favorecer a qualidade de vida. H á reconhecimento da importância da estrutura humana e tecnológica do Ambulatório SerTrans , apesar das faltas. Considera - se que a transexualidade é para além do que o corpo expressa . É subjetividade que reflete e é refletida na subjetividade de cada pessoa trans, nas suas relações intra e interpessoais, na dimensão da díade individual - coletivo que reverberam em impactos diretos na qualidade de vida. O Processo Transexualizador é, sem dú vidas, necessário para efetivar a promoção da saúde . D ada a condição socioeconômica d e tantas pessoas trans , é urgente que ele seja ofertado em sua totalidade pelo S istema Único de S aúde (SUS) do Brasil, com maior abrangência profissional e tecnológica. P ALAVRAS - CHAVE: Pessoas Transgênero . Sistema Único de Saúde. Equipe de Assistência ao Paciente . Família. Promoção da Saúde . |