Modelo preditivo de evasão no ensino superior

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Fonseca, Jone Peterson Sousa da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/113376
Resumo: Ensino superior cresce ano após ano em número de matrículas no Brasil, e em contrapartida a esse crescimento, está a evasão, um problema de múltiplas causas e complexo que afeta os diversos atores nessa relação educacional, principalmente o estudante e a instituição educacional. O esforço global de combate à evasão tem quase meio século de pesquisas, se partimos do primeiro modelo teórico sistematizado por Spady (1970). Até a presente data este desafio continua, e principalmente para as IES particulares, que amargam uma perda anual de receita na ordem de R$ 7,1 bilhões/ano, somente nos cursos de Bacharelados, na modalidade presencial. Um consenso entre os trabalhos já desenvolvidos sobre a temática é que a taxa de evasão é maior nos anos iniciais. Neste cenário, é imprescindível a identificação precoce do estudante em risco de evasão nos anos iniciais, possibilitando a intervenção, por parte da gestão educacional, de forma otimizada no problema da evasão. Nestes termos, o intuito deste trabalho foi o desenvolvimento de um modelo preditivo continuado, que teve como base o modelo desenvolvido por Sadler; Coher; Kocksen (1997), ampliado para os dois primeiros anos, que utilizou a técnica de regressão logística em três momentos distintos para os calouros da universidade de New York. Nesta pesquisa criamos um modelo para identificar a probabilidade de um estudante evadir no início do curso, intitulado de modelo Iniciante; um segundo e terceiro modelo para estudantes do 1º ao 4º semestre de graduação, na modalidade presencial, intitulado respectivamente como modelo Corrente e modelo de Transição. Após um vasto estudo das principais variáveis que afetam o fenômeno evasão, analisou-se quais estavam disponíveis no banco de dados da IES em estudo e equacionado os modelos. Teste de validação externa, ou seja, utilizando dados de uma população, que não fazia parte dos modelos estimados, foram realizados e apresentaram os seguintes resultados: Modelo Iniciante ¿ houve acurácia (acerto) global de 59% e sensibilidade de 60,8%; Modelo Corrente - acurácia (acerto) global de 74% e sensibilidade de 62,7%; Modelo de Transição - acurácia (acerto) global de 71,1% e sensibilidade de 68,7%. Os resultados em comparação com outros modelos preditivos de pesquisadores nacionais são baixos. Entretanto, observa-se que os resultados, no máximo, explicam 38% das variações da evasão estudantil, indicando que há uma potencial melhoria com inclusões de novas variáveis com poder explicativo maior.