Ações de prevenção da violência contra crianças e adolescentes desenvolvida pelo setor saúde da região metropolitana de Fortaleza

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Pereira, Aline de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/92864
Resumo: A prevenção da violência e a promoção da saúde, direcionadas às crianças e aos adolescentes, configuraram-se como desafios para sociedade civil e para os gestores envolvidos na legislação, articulação e sustentação de políticas públicas que alcancem esse propósito. Esta pesquisa analisa as percepções dos gestores em saúde sobre a prevenção da violência contra crianças e adolescentes e as percepções dos gestores em saúde sobre a promoção da saúde ao grupo de crianças e adolescentes na Região Metropolitana de Fortaleza. Estudo com abordagem qualitativa e descritiva, apropriando-se da entrevista semiestruturada para a produção de dados, com a participação de 13 gestores do setor saúde, no período de 2009-2010. Os gestores foram indagados sobre o cenário da violência em seus municípios, as ações de prevenção da violência contra crianças e adolescentes, ações de promoção da saúde para o mesmo grupo e a existência de ações intersetoriais, desenvolvidas pelo setor saúde, para a prevenção da violência contra crianças e adolescentes. O Discurso do Sujeito Coletivo (DSC) instrumentalizou a análise dos dados, resultando em 11 Ideias Centrais (IC.s) com seus respectivos discursos. Os dados foram discutidos por meio da literatura, programas, relatórios, planos, políticas e autores que conversam entre si sobre o assunto. Os resultados sinalizam que o convívio com a violência na RMF é motivo de muita preocupação e desafio constante entre gestores e profissionais. Apesar de desenvolverem alguns trabalhos intersetoriais, as políticas públicas ainda são ineficazes e o setor saúde não reconhece a violência contra crianças e adolescentes como sua responsabilidade. A resistência dos profissionais em aceitar a violência como demanda da saúde é citada pelos gestores como um fato que fragiliza a adoção de medidas preventivas da violência direcionadas a esse grupo, representando a construção social acerca desse fenômeno. Desse modo, o estudo aponta a responsabilidade dos gestores na execução, acompanhamento e sustentação das políticas públicas de saúde, inclusive para a prevenção da violência em seus municípios, que necessita de redirecionamento e reflexões coletivas. Em concluso, a sociedade anseia por transformações, quando presencia perdas de vidas, perdas de perspectivas nesse grupo e enfrenta desestruturas familiares e sociais. Importante acrescentar que não há mais como permitir que os recursos alocados para a elaboração e promulgação de políticas e planos, bem como para a formação de recursos humanos em saúde, que o poder público já investiu e vem investindo, não impacte na qualidade de vida de seus cidadãos.